domingo, 29 de abril de 2012

Abre-se nas memórias fragmentadas pelo tempo uma porta ao longe, 
noutra perspectiva tudo têm uma razão de ser mesmo que pareça uma ilusão.

O Homem, esse ser que pensa, que É. Vive em constante tormento pelo momento em que a sua razão não se revê naquilo que lhe é pedido pela dúvida de pertencer. Se for uma necessidade esse homem perde-se nos cantos das sereias e lamenta-se na noite, no silêncio do tempo, onde anda esquecido porque não se apercebe que as memórias são o que se esquece ou não se quer lembrar. O É, não é o Ser, na medida em que o pensamento se perde na construção da sua história. As suas ideias são o que o inconsciente manifesta na sua revolta, o que recalca. A luz que a sua alma reflecte apenas advém do lugar esquecido na caverna, onde os sonhos mantiveram acesso o fogo para ser roubado, desejado pelos que caminham longe da estrada, do seu caminho, longe e estranho de si, esse Homem que atravessa os tempos não perde o seu sentido na encruzilhada, pois mesmo não sabendo que caminho tomar, ele sabe, qual é o que não quer para si. O seu olhar tímido não é falta de auto-estima ou insegurança, mas apenas porque não é esse o seu anseio, nem desejo. O Eu afunda-se numa ilusão onde nada parece ser aquilo que é, pois a verdade está permitida no tempo, e é apenas uma questão, que se levanta sem medo da pergunta, virá o dia em que tudo se percebe, onde tudo se fez para ser entendido e aí a resposta aparece vinda da neblina, de onde surgem todos os mistérios, onde o mago "Merlin", desfaz o jogo e o homem percebe porque é que teve que passar por isso. portanto cego nas emoções que o comanda o homem não é livre na sua acção por medo ao desconhecido, não vá a memória e o destino ser o medo das suas dúvidas. A moral impera onde a razão se tornou cientifica e desalmada, sem perdão a alma não se escondia de si, mas em consciência vive na plenitude da sua realização, algo que se diz ser a harmonia, a composição onde a vida se transforma a cada instante presente sem querer, apenas sendo Uno consigo e com o Universo.
Descanso nesta cadeira vazia onde o mundo não está ao contrário 
e onde se percebe que tudo o que vimos é apenas a ponta de um icebergue.


*Álvaro dos Santos Carvalho


MUDAR


O homem estava completamente esgotado,
Da sua maneira de ser.
Ele sentia-se embriagado,
Na sua maneira de viver.

Há, Há momentos,
Em que eu me sento e descanso.
Pensando nas memórias,
Que me vão no pensamento.

Há, há momentos,
Em que eu deito e descanso.
Sentindo que o tempo,
É apenas o silêncio.

O homem estava completamente esgotado,
Da sua maneira de ser.
Ele sentia-se embriagado,
Na sua maneira de viver.

Há, há um tempo, 
Onde tudo parecia se ter esquecido.
Nas memórias do vento,
As vontades não queriam mudar.

Há, há um tempo,
Onde tudo era uma fantasia.
Nada era o que parecia,
e os sonhos não fugiam.

O homem estava completamente esgotado,
Da sua maneira de ser.
Ele sentia-se embriagado,
Na sua maneira de viver.

Há, há momentos,
Em que tento ser distante.
Onde a verdade era uma pergunta,
Que se fazia sem saber.

Há, há momentos ,
Em que não sou o que pareço.
Apenas vivendo um tempo,
Que me vai nos sentimentos.

O homem estava completamente esgotado,
Da sua maneira de ser.
Ele sentia-se embriagado,
Na sua maneira de viver.


Muda o tempo, Muda a hora. tudo anda sem parar.
Muda a palavra conforme muda o homem.
Muda a saudade tal com muda o vento.
Muda a vontade mesmo que não seja verdade.

·        Álvaro dos Santos Carvalho, letra e música, 2012.

domingo, 22 de abril de 2012


Dia 22 de Abril de 2012
Introdução ao 25 de Abril dia da Revolução.


Uma introdução a revolução , não é a revolução porque urge mudar o Homem na sua vontade de não mudar. “Les un est les autres” são apenas duas classes:
Classe compostura correcta e classe com compostura incorrecta.
Tudo se divide em estatísticas válidas a norma, padrão. A compostura correcta depende da época, da situação, dos resultados e das modas.
Numa consulta o paciente está com as pernas cruzadas no sofá, noutro cenário o paciente está a andar de um lado para o outro na sala. O terapeuta está sentado de fato e gravata. O que é que está mal neste cenário? Claro, obvio o terapeuta. Todo arrumado e numa postura clássica e dita correcta nos tempos “da outra senhora” ou então o clássico medo americano de não serem levados a sério ou ainda o tradicional “English man in New York”.

Podemos receber ajuda de onde menos esperamos e ao mesmo tempo de todos os lados. Alguns não recebem nada de lado nenhum e a outros nunca lhes chega o que recebem. Hoje vive-se uma revolução de consciência nas almas, na visão, na espera que o tempo passe sem se aperceber que ele está Tic…Tac…Tic…Tac… “We can be Hero just for one day” um dia de cada vez. Compreende-se cada vez melhor a mente humana e o comportamento do homem quer pelas explicações evolutivas quer pela Psi positiva. Conseguimos identificar os nossos anseios, traços, perfis, predisposição social, inter-acção, desenvolvimento. Compreendemos melhor que temos emoções, ou que é a dor e a alegria e que afinal a sabedoria é popular e quer-se cientifica. Tudo se quantifica e qualifica para melhor explicar. Assim dá-nos mais sentido ao nosso modo de vida ou com certeza que o tempo o dirá, à falta do que não se têm. Mas o inconsciente domina a nossa acção e pela assimilação e acomodação e sinapses, neurónios, DNA e somatização, o Homem está livre de exercer uma revolução na sua consciência. 
Os comportamentos correctos apenas são preconceitos e estereótipos mas como o Homem ainda é reptiliano e vive para a sobrevivência nem todos conseguem o mesmo modo de sobrevivência. A revolução cognitiva dá-se pela necessidade é um principio da lei do universo, da atracção da lenda pessoal, mas nos tempos de hoje é lançada para o palco pelas emoções. A liberdade da vida não têm qualquer consciencialização racional, a humanização do homem dá-se com a alteração de paradigmas vigentes, obsoletos mas credíveis para uns quantos, principalmente quando os métodos de ensino se realizam e fundamentam num mercado económico. A evolução também é isto. A Fenomenologia e a Gestalt ainda andam por aí, a razão pura e o Banquete e a Republica também se mantêm nos tempos. O sistema é holístico se for compreendido pelo que o observa, se não é desvio. Quando não se entende por aquilo que se passa, não se compreende nada. Usa-se técnicas persuasivas de acordo com a lógica nominal e binária (0,1,0,1,1,0,0,1…). É uma critica positiva que pode revolucionar as mentes quando levantamos a dúvida a hipérbole, o medo transforma-se em arrogância e dá erro. A tábua rasa é uma falacia, nem está a ouvir ou a ver sem espirito critico, sem ser ele próprio porque nunca podemos ser o outro, perceber, compreender, isso sim mas para além disso é vaidade que arde numa fogueira que o tempo acabará por extinguir. Nada se faz ao acaso ou é tudo obra do acaso, não há meio termo e a lei da vida apenas nos ensina a viver.
Portanto agora vamos falar do 25 de Abril, pois acabou o Titanic e os tempos são de esperança, em 15 dias podemos viver toda a história da humanidade. Não será o mundo e a vida pequena de mais ou andamos as voltas numa explosão que volta a implosão e o universo pulsa com o nosso coração, só que noutra dimensão do tempo. Então as mudanças hoje são mais tecnológicas, porque a TV já é a cores e em HD, mas os cravos sempre foram vermelhos. Sem politiquices nem modernices estamos muito aquém de viver sem estarmos cercados do triangulo da auto-obsessão. Quem comanda o mundo é o Rei-Bebé. 
Hoje vejo o que ontem não vi, o dia não está igual, eu não estou igual e acreditar nisso depende apenas só de tudo aquilo que faz de mim um ser humano, vivendo com valores e princípios, gosto de dormir descansado.

*Álvaro dos Santos Carvalho, 2012.

sábado, 21 de abril de 2012

A ALMA, escuta o som do silêncio. Sísifo está só.

Se há a perfeição sinto que é algo parecido a isto, melhor dizendo, a seguir a isto, não há mais nada, pois é tudo. Tudo esta representado nesta alegria até a sua tristeza. Minha alma escuta o som do universo feito como por magia que atravessa os tempos lentamente num flash que se quer parado e no desenrolar da acção que aquece meu corpo que o faz vibrar e desejar ser algo tão presente neste momento e aqui os gritos se levantam e chovem tambores de raiva, guerras que os Humanos travaram sem utilidade na vã gloria da procura da sua ambição.E o silêncio, angélico e que chega até ao futuro vindo de um passado onde uma gota de água representa a vida. Tudo se faz nos sentidos na alma que existe dentro de nós como que renascendo em cada momento para acreditar no sonho. Assim se faz da dor lágrimas e dos sorrisos conforto. Todo o sentido da existência está aqui perpetuado sem memorias sem esquecimento. Noutro lugar os homens caminham como missionários da vida numa intensa paixão desbravando almas, rasgando passados e inventando futuros. e nesta longa jornada em que eu como tantos vivemos sendo, apenas sendo, aquilo que há em nós. Levanta-te homem, não caías em ser como Sísifo na sua condição, levanta-te e caminha e não te esqueças de ti porque és parte dos outros. Cala-se o que não diz nada sendo capaz de se promover num canto de um cisne negro. Numa perdição e num encantamento todo o momento é por si só único levado pela pureza de uma pena que ao vento se torna viva. Escuta o que de melhor há em ti porque assim se descobre o caminho que o vento da vida percorre na sua sabedoria. Não estás mais sozinho a solidão é fruto da tua paixão pelo vazio pela perda da espiritualidade.*


O Mito:
Sísifo tornou-se conhecido por executar um trabalho rotineiro e cansativo. Tratava-se de um castigo para mostrar-lhe que os mortais não têm a liberdade dos deuses. Os mortais têm a liberdade de escolha, devendo, pois, concentrar-se nos afazeres da vida cotidiana, vivendo-a em sua plenitude, tornando-se criativos na repetição e na monotonia.

A condição absurda: grande parte da nossa vida é construída sobre a esperança do amanhã, do amanhã que nos aproxima da morte, e é o último inimigo; pessoas vivem como se elas não tivessem a certeza da morte; uma vez despojado do romancismo comum, o mundo é um estranho e desumano lugar; o verdadeiro conhecimento é impossível de ser explicado pela racionalidade da ciência em favor do mundo: "Desde que o momento absurdo é reconhecido, ele se torna a mais angustiante de todas as paixões."
Não é o mundo que é absurdo, nem o pensamento humano: o absurdo surge quando os humanos precisam entender a satisfação para irracionalidade do mundo, quando "o meu apetite para o absoluto e da unidade" complementa "a impossibilidade de reduzir o mundo a um princípio racional e razoável". Camus.


Muse-Exogenesis Symphony Full


http://youtu.be/YEH98_Ha2aA


*Álvaro dos Santos Carvalho, 2012.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Xeque-Mate: Deram um tiro no pé.


Alguém em agonia gritava na derrota estou vivo e vou-te odiar e fazer a tua vida negra. Enfim foi-lhe explicado, com muita calma e até com mudanças de estratégia, que ele estava era mal enterrado porque já tinha sido o funeral, e perdeu a vida que deu vida a tantas vidas porque não sabiam fazer as coisas durar e crescer, com comando a distância, as pedras eram obrigadas a ir para as casas por ele escolhidas, ele e a rainha negra, o homem ficou perdido e desorientado e no meio de campo de batalha e a dama em sua salvação fez com que o pobre coitado fosse atingido.
XEQUE-MATE, golpe fatal. Sem misericórdia. Sofrem os infelizes e os indignos e os de má Fé. Iludidos e em negação, perderam.
Isto tinha que acabar por acontecer mais tarde ou mais cedo, tinha que acontecer. O momento há muito que estava anunciado e se proclamava como sendo parte do jogo, jogaram e no tempo, aconteceu o que tinha que acontecer. Sem tempo ficaram agora os por lá ficaram e os que ganharam não perderam, mas perderam os que também queriam ganhar. Nunca há dois vencedores. Foi o golpe fatal. Um bom jogador consegue com antecedencia prever as jogadas pelo menos até três lances ou seja três anos.
Como quem não quer a coisa foram avançando no terreno e obrigaram o adversário a cometer erros, os erros que são cometidos pelas pessoas que se acham acima. Atiraram com os peões por todos os lados foram ficando sem pedras e XEQUE_MATE. Agora venderam o tabuleiro porque não sabem jogar.
Foi crime ou foi paixão? o local está bem assinalado. 
Mas porque não se vê ninguém a chorar ou será a viúva negra? 
Até já mudou de registo, mudaram as cores as peças mas perderam na mesma. Perdem sempre os que não têm razão, na sua loucura, insanidade e amadorismo. XEQUE-MATE, admite, perdes-te o que te restava de dignidade.

Algures no tempo entre 2009 e 2012.

*Álvaro dos Santos Carvalho

quarta-feira, 18 de abril de 2012

So I Talk (With the Wind of Change).


SO, I TALK (With The Wind Of Change)


Make me understand what's happening with my mind

So We Talk another time


I asked and I'm still waiting for your answer


There is no place to go


I'll always be with you.


So I Talked to the Wind of Change.



Let me understand the wind


And What I mean in your heart


Make me feel alive in the shadows


where I'm a Warrior of Life.



I don't deserve your silence


in the middle on the night


I'm waking from a nightmare


And I don't remember my name.



Make me understand what's happening with my mind



So We Talk another time


I asked and I'm still waiting for your answer


There is no place to go


I'll always be with you.


So I Talked to the Wind of Change.




Get up unknown soldier


Follow me in Battles of time


In this world of the denied


the unbelievers are in pain



There is no answer for the refugee


there is no truth for the agony


This is not the end of our life


Wake me up before you go.



Make me understand what's happening with my mind



So We Talk another time


I asked and I'm still waiting for your answer


There is no place to go


I'll always be with you.


So I Talked to the Wind of Change.







*Álvaro dos Santos Carvalho, Letra e Música, 2012.



terça-feira, 17 de abril de 2012

XEQUE ou MATE ao Xeque.

Foi crime ou foi paixão? o local está bem assinalado. 
Mas porque não se vê ninguém a chorar ou será a viúva negra? 
Isto tinha que acabar por acontecer mais tarde ou mais cedo, tinha que acontecer. O momento há muito qye estava anunciado e se proclamava como sendo parte do jogo, jogaram e no tempo, aconteceu o que tinha que acontecer. Sem tempo ficaram agora os por lá ficaram e os que ganharam não perderam, mas perderam os que também queriam ganhar. Nunca há dois vencedores. Foi o golpe fatal. Encontramos este veredicto na história de Alice que nos fala da maravilha do lapso e do coelho mágico branco do Mundo de Sofia, Mr. X também se referiu a este momento, a grande dúvida para tomar uma decisão. Mas a verdade é horrível está "Maktub". Em todas as mentes se passa este momento onde é Mate-Cheque-XEQUE-MATE.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Geração H-Tec - Drogas e IDT

http://youtu.be/LuvgxmceFBQ

This Road (This Road is the true Road of Live).


This Road (This Road is the true Road of Live).


Be my soul, walk with me in this old river at the end of Time.
I'm not walking to forget, not to running out
but just to feel the wind in my face.
Faded out by the old Time, I'm learning to fly.
How many times can we burnout?
and feel the pain in our mind.

This Road
This Road is the true Road of Live.
Travel in the Highway with my heart and follow my deams.
The true road is inside of us.
The true road is inside of us.
I, I'm on the true road again, I and I, I'm on the True Road.
Again and again, I'm Walking on this road of Time
With my Dreams and my heart and soul.

Traveling the same road again and again,
making the same mistakes
Missing the moment and writing and listen
in the cage of the silence of my soul.
Be my destiny, be my dreams,
Make my feel learn and listen the life.

This Road
This Road is the true Road of Live.
Travel in the Highway with my heart and follow my deams.
The true road is inside of us.
The true road is inside of us.
I, I'm on the true road again, I and I, I'm on the True Road
Again and again, I'm Walking on this road of Time
With my Dreams and my heart and soul.

Walk with me my friend.
Walk and breath the air of freedom.
If your life are filled with stress turn way
And saw the other side of the great river
And whem you need time to spend with others
Just take your soul and be yourself.

This Road
This Road is the true Road of Live.
Travel in the Highway with my heart and follow my deams.
The true road is inside of us.
The true road is inside of us.
I, I'm on the true road again, I and I, I'm on the True Road
Again and again, I'm Walking on this road of Time
With my Dreams and my heart and soul.

Forget the past don't expect the future, be now.
Free yourself from the mysteries of the dark.
Don't waste your time in the forget.
Go on and feel the Road.
There isn´t another place
Pull the crossroad and understand why.

This Road
This Road is the true Road of Live.
Travel in the Highway with my heart and follow my deams.
The true road is inside of us.
The true road is inside of us.
I, I'm on the true road again, I and I, I'm on the True Road
Again and again, I'm Walking on this road of Time
With my Dreams and my heart and soul.

*Letra e Música de Álvaro dos Santos Carvalho, 2012.

domingo, 15 de abril de 2012

Alvega and The New Generation - in stage

This Road (I, I'm on The True Road again, I and I, I'm on The True road again and again. I'm Walking on this road of Time.)
http://youtu.be/vCaWug8Z5Aw

Travel in the Hyghway with my heart and follow my deams.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Será que ainda vamos a tempo de avisar o Titanic?

Será que passa ou mudamos de rota?


O Medo da catástrofe não nos afasta dela, nem nos aproxima. Apenas nos atormenta e faz remexer as entranhas numa asfixia que empobrece. Relembrar o passado talvez seja uma forma de não se aceitar o futuro. Icebergues aos molhos choram os meus olhos. O som da orquestra continua a tocar a solidão de quem percebe o destino sem se poder dignificar na realização da sua obra. O deck cheio tal como a praça no dia da revolução. A ambiguidade da situação é o seu contrário uns não querem o passado na esperança de um futuro e outros querem se agarrar a um passado como grito de desespero da sua salvação, SOS, "Save Ours Souls", ... --- ... (três pontos, três traços, três pontos) De novo e sem cessar, de novo e sem cessar. mas espaçado como quem mantêm a calma de vir a ser salvo pela realização das suas acções. se fui é porque mereço. E naquele momento e noutros e em todos os momentos tudo é tão igual. Hoje a praça continua cheia e o mercado vazio tal como o oceano naquela hora onde apenas se ouvia na ponte a água a bater abaixo da linha de água. Os botes salva vidas eram poucos para tantos que procuravam ficar memoráveis e assim ficaram nas memórias do tempo, marcados para sempre, que não queremos apagar para nos podermos agarrar a esperança de que vai ser melhor do que era. Mudámos o mundo e agora andamos a procura dele no fundo e a retomar o tema para não nos esquecer, não arrefece nem aquece, insensibilidade aos paradigmas que querem ser dogmas de uma nova era onde falta o pão e assim todos ralham e ninguém tem razão. Os que não se salvaram no Titanic porque estavam em classe mais baixa, mais desclassificada, ainda andam por aí, gritando e gemendo de fome e de frio. e não ouvimos os SOS enviados pelo mundo, mas procuramos vida, num programa SETI, numa analise radio telescópica, para além do atingível, escutando o espaço, o silêncio ou o que resta dele. Hoje há menos icebergues, visíveis, são mais pequenos e não são observados de imediato os danos que se vão realizando no casco, porque como bem se sabe é apenas a ponta de um icebergue que se vê, a sua maior massa está submersa e desloca-se lentamente numa noite calma, bem longe das turbulências do Adamastor e dos cantos das sereias. atado ao mastro para não sofrer da tentação, o homem procura no seu bote, que já foi um "navio", a sua ração, um gole de água, um sinal de very light. Robinson Crusoe faz uma fogueira enorme onde os canibais se preparavam para comer sexta-feira. salvou o homem da sua sina porque precisava dele para socializar. Prometeu roubou esse fogo e fugiu, nesse tempo, noutra era, noutro lugar, não se vê nem ouve nenhum navio. O medo de que o barco vá ao fundo não é motivação para tapar os buracos que o afundam mas sim razão para abandonar o navio. O Homem não se motiva no medo mas no empenho da usa missão, se cada um tivesse no lugar que lhe compete, o icebergue não seria um problema mas apenas uma mudança de rota para continuar a viagem. Por vezes os velhos "fantasmas", o nosso inferno somos nós ou os outros?, saem do baú para nos avisar, para nos relembrar que há erros que nos são caros, mas quem pagou a viagem merece segurança e bem-estar porque um profissional da vida está nela, sua, como sendo o único momento em que pode estar ao leme e segue a rota nem sempre a mais segura, nem a mais calma pois viver é isso mesmo, arriscar, fazer destino e seguir a intuição guiada pelas emoções, aquela coisa do "feeling", mas uma Catedral precisa de boas fundações para aguentar os desígnios da natureza. Será que ainda vamos a tempo de avisar o Titanic?
Ao longe, lá no fundo sobram os desgastes do tempo coisas que a memória teima em não apagar.


terça-feira, 10 de abril de 2012

Mau Tempo no Canal -

O Problema é interno ou externo?

Clássico da literatura Portuguesa, tal como é um clássico lá para os lados dos Açores, no canal entre o Pico e São Jorge a caminho da Horta, porto de grande velejadores e onde os marinheiros procuram fazer a sua arte. O Tempo que faz, viva como está? já viu o tempo hoje, como está? sem dar tempo ao outro de responder o perguntador ou inquisidor não revela a sua identidade. Fala por abstracções, códigos ou por desbloqueadores de conversa. Atípico, procura no outro as suas faltas de engenho, sem arte não se faz ao mar porque o tempo não o permite. Mas o velho pescador sentado na verdade, conhece o mar e as almas que ele trás consigo. Umas é vê-las partir, outras estão a chegar. Noutros tempos valia uma carta, olá como estás, vai dando noticias e espera-se no cais, que venha a bonança, porque o "Bonanza" acabou noutra geração. Tal como o "Dallas", eram outros tempos outras vontades, mas o mar é o mesmo e o tempo também, basta aprender a respeitá-lo pois não há melhor ou pior. tudo depende da conveniência. "The Love Boat" já não mora aqui e hoje só se fala do Titanic. Que não é um pais mas uma catástrofe que assolou uma economia e que se tornou caso de amores e paixões, de perjúrio e de mal dizeres cantando, que destronou uma princesa e pôs no poder o povo. Por amor ao reino "Alice já não mora aqui" ou seja deixou de tomar uma decisão e "Os Amigos de Alex" andam esquecidos e ou perdidos numa geração que se esqueceu que podia se afundar e afogar, não, porque não sabe nadar, Yo, mas porque prefere o seguro que morreu de velho em vez de que sou um conquistador e o velho festival da canção que pensamos que vai sempre diferente e que do remendado se faz novo. então o tempo que faz é interno ou externo tudo depende do Locus de Controle e do efeito borboleta e ainda do UAU-ME. Surprise! surpresa. Existem outras dimensões de emoções tal como existem outras visões. Sei o que sei porque não sei, já dizia o velho filosofo e o Herotes. O Homem é este ser que não me deixa de surpreender. Vida, claro mesmo com mau tempo há vida e o tempo é resultado das nossas escolhas e pensamentos. 

sábado, 7 de abril de 2012

Faço anos de Vida.


07 de Abril de 2012

É dia de Nascimento e não está relacionado com a pascoa mas com a vida. A minha vida. Hoje a minha mãe foi mãe pela primeira vez e transportou-me no ventre durante nove meses, formando-me e alimentando-me para dar no que deu este ser que vive. Hoje partilho a minha gratidão. Ainda bem que nasci e adoro viver.

A vida é uma questão de sobrevivência e quando vivemos mais um dia devemos saber aproveitar porque este momento não se repete no espaço e no tempo. É único. Haja SAÚDE, com letras maiúsculas, para se viver com dignidade, honra e respeito. 

It's good to be me.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Na pascoa o Tobias tem tradições diferentes. O quê?

Hoje vou aos fados! Disse-me no seu estilo "Marialva" não de Conde, mas de quem vai convencer alguém ou ninguém. vais cantar sim sou cabeça de cartaz. Há os que são figura de proa, aquelas que estão nos navios, mas também as as vedetas que se querem conhecidas, famosas pela sua arte, o usando a sua arte para no seu estilo, com echarpe e voz rouca, cantar ou que já foi cantando por Marceneiro. Só lhe falta os óculos e o boné e era o maior fadista de hoje Tobias encanta na noite, porque dorme de dia, com a sua faceta de fadista-Marialva. No seu estilo de ardina vai apregoando pregões pela cidade. Sem dúvida que o fado amador tem o seu encanto mas perde-se no tempo os que cantam por prazer tal como os que jogam pelo amor a camisola. Hoje o comboio de novo se atrasou mas não tanto como o previsto veio mais cedo o que é sem dúvida bem português. Temos sorte. O Tobias vai actuar no fim de semana. Voltamos a procura do cálice sagrado. Tobias sente o que canta porque canta os poemas da vida. Tal como os olhos do poeta. Disfarçado no seu ar Marialva vai embuçado pelos cantantos cantando sem que o queiram reconhecer. Que hoje não fique ninguém embossado nesta Sala. Seria loucura ou o conto será verdade. era mesmo El Rei de Portugal ou jugava-se El Rei? Não sei responder, sei é que a nossa história não se pode deixar de se fazer valar porque vale a pena lutar pelos nossos sonhos. então se o Tobias quer ser fadista Marialva que o seja.
O quê o Tobias canta? como? Deve haver algo muito mal contando nesta história.


terça-feira, 3 de abril de 2012

As Flores de Sebastião - João Gata (publicada na Revista Novos Talentos nº1) por Joao Gata a Sexta-feira, 25 de Novembro de 2011 às 22:10


"Passou a noite na companhia de quem lhe era fiel:..."
“Já te disse, está na tua natureza. Procura a resposta bem dentro dela e conseguirás o teu objectivo”.
http://www.facebook.com/note.php?note_id=10150393525915967.
De um amigo para um igual. Obrigado.
A Alma renasceu, os homens adormecidos na angustia do «Ser e do Nada», trazem o conhecimento de Si ao consciente. Combatemos o nossos medos e somos a nossa verdade. Longe no horizonte, o olhar fica-se no pôr-do-sol e a Alma vê-se nua despida de preconceitos e de conceitos mal distribuídos à condição da existência.

domingo, 1 de abril de 2012

Intensive Therapy

http://9gag.com/gag/2465362

Hoje há consulta . 01 de Abril. Tobias.


01 de Abril de 2012
Na hora marcada, o Tobias apareceu com um ar combalido mas tentando não demonstrar que estava em baixo. Está frio, disse, como desbloqueador de conversa, estamos na primavera e nada, agora vem a chuva, está tudo esquisito não entendo nada do tempo, bruuu. está frio. Bem então vamos falar do tempo que está a influenciar o teu humor. Sim é do tempo eu não devia estar assim, estou de mau humor e já pensei se não é da lua cheia. Mas não está lua cheia. Pois não! não está. Nem sei onde ela está. Quem estás a falar de alguém. Não estou a falar da lua e do Sol e da chuva e de como fico mal comigo quando não há razões para me sentir assim intolerante, mas mesmo de muito mau humor, chateado e pronto a chatear alguém. Bem, fui pensando que talvez houvesse algo do qual ele não queria falar e fui me perguntando se devia dar uma dica ou continuar a ouvir estilo tabua rasa ou de quem não tem estilo e procura ser aceite pela sua boas capacidades de audição filtrada na consciência. Nega-se o facto de ser o inconsciente que filtra e acredita-se que é de forma consciente, lindo, ninguém está doente ou então todos estão perto de limiar da excitabilidade, prontos a trocar sódio por potássio. Aqui houve um momento em que me apeteceu olhar para o relógio para ver com quanto tempo íamos de terapia, pois não era uma conversa de café. Apeteceu fumar um cigarro, e pensei que seria eu a evitar o confronto directo do seu mau estar. Bem diz lá, queres mesmo me dizer qualquer coisa não é? Como sabes fez-se o Tobias de desentendido. Talvez os meus olhos tenham brilhado, talvez tenha mudado de posição na cadeira, mas o certo é que ele se abriu a ele próprio. Bem, com medo e de uma forma tímida e não de negação, iniciou. Bem, é que afinal tens razão. Custa-me a admitir, fere-me o meu orgulho, estou desolado, triste e abatido. A sua auto-piedade podia me comover ou dar raiva. Estás a justificar o que queres dizer podes ser mais objectivo. Sim tem que ser, tenho que admitir que tenho um problema sério comigo e que me faz ter um problema sério com os outros. Não tenho nenhum problema com o Sol, com a vida, com a Lua ou com as marés. Eu sou o meu problema e não o consigo resolver porque não quero admitir porque não estou interessado em aceitar está condição. Tudo bem, disse eu na minha tranquilidade. Tudo bem nada tudo mal, saltou o Tobias da cadeira e foi até a janela, a qual ele não chegava e voltou a sentar.se para se deitar e com o focinho entre as patas surpreendeu na sua atitude. Pois é descobri que sou mesmo um caniche toy, sou desta marca, ou desta etnia, não sei de nada e estou perdido dentro de mim porque este eu nunca existiu. Fiquei pasmado mas como? como é que depois de tanto trabalho ele afinal acreditou, agora sim vai deprimir e entrar em contacto com a consciência, com a sua realidade. Então Tobias como é que chegas-te a essa conclusão. Foi fácil percebi que não crescia e que por vezes sou um brinquedo. Estive a ver um filme dos Dalmatas e percebi que não era igual a eles e depois fui ler um livro e vi ma imagem de um Rotwailler co espuma e baba nos cantos da boca e percebi que não era igual a ele. Então se tenho que ser igual a mim é porque sou eu, e procurei e encontrei na net fotos de caniches toy’s e sou parecido. Tenho que admitir mas agora ainda fiquei pior. Pois sabendo quem sou não me ajudou a sentir melhor, talvez fosse preferível viver uma ilusão. Sempre seria a minha vida e nela eu seria o que queria e não o que me foi imposto. Estamos mesmo na Era do Vazio, Existencialismo puro e duro. Tobias procura Sartre e a sua dimensão de felicidade, onde o Homem é dono de seu destino e onde não há saída. Não estejas tão pessimista, disse-lhe eu tentando o animar, apetecia-me dar-lhe um abraço. Mas não me levantei, nem fiz esforço nenhum para isso. Podia ter-lhe perguntado, mas talvez me saísse o tiro pela culatra. Acreditei que estávamos no caminho certo para ele poder ser ajudado e qual não é o meu espanto quando o Tobias solta um suspiro e exclama: - Preciso mesmo de ajuda, estou a precisar de ajuda. Ok, estamos lá. No ponto e no momento certo. Num ápice o Tobias levanta-se e agradece a consulta e diz que volta para a semana, pois tínhamos acabado o tempo. Mas o tempo nunca acaba porque é nossa invenção. Então Tobias, ficamos assim? Sim hoje terminamos mas eu volto. Pronto, terminamos a sessão e ele saiu. Ao sair reparei que ele ia a abanar o rabo todo contente para o quarto da menina e que ia a brincar, feliz. Nem fomos a rua, mas porque é que ele vai feliz se estava tão em baixo na consulta, será euforia ou mania ou voltou a negação. Fiquei confuso e pensei que talvez a supervisão me ajuda-se a compreender todo este momento feito de alterações de comportamento e onde a palavra usada não estava relacionada com nada do que via. Então tive um flash, olhei para o calendário e vi, vi o que não queria ver. Hoje é dia 1 de Abril e isto foi uma partida do Tobias. este dia não existiu porque é mentira.

*Álvaro de Carvalho