terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Alma que não vê, não se percebe.

Onde está O Menino Jesus? 
Está escondido? Ou anónimo?

O Tobias acredita que o Natal é o momento, onde se vê que não crescemos assim tanto nas dúvidas e angústias existenciais. Estivemos à conversa numa mesa de café, eu sentado numa cadeira qualquer onde se sente qualquer um e ele, sem trela, sentado, no chão, com um olhar de piedade, como quem quer comer o bolo que eu estou a comer. Café, ele não gosta, nem fuma, não tem vícios, nem saturados, é natural. Tivemos a discutir sobre uma revelação que o Tobias me fez: Eu quero ser o menino Jesus. Disse-me ele assim do nada. Só quero ser o menino Jesus. Porquê? Tobias, porquê? sempre a querer furar as tradições e a mexer nos valores, conforma-te contigo e aceita-te tal como és. Larga o teu egocentrismo e a obsessão de seres sempre diferente de ti mesmo. Tobias com um latido interrompeu o meu pensamento e de forma simples acrescentou. - Não é nada disso! Eu só quero ser o Menino Jesus, porque esse não cresce, é como o Peter Pan. Fiquei preocupado com tal afirmação e com a doença da humanidade nos seus desejos e medos mais íntimos  Se o Menino Jesus, não cresce talvez a humanidade e a questão do Ser seja uma esquizofrenia colectiva. Tipo "Uma Mente Brilhante". Brilha, brilha lá no Céu a estrelinha... associação livre ao desejo de partir, da necessidade de esconder os Velhos do Restelo de nós, em nós? Olha para o Céu estava estrelado ... não esteve sempre mesmo em dias de nevoeiro. Não podemos tirar o que lá está, mesmo que não vejamos, mas está lá. Talvez que está falta de compreensão da necessidade de um espírito natalício  seja o redimir do egoísmo. Para todos um bom Natal. Para todos? ou para todos nós? 
Não será melhor manter o menino jesus no anonimato? Ou será que a frase foi trocada e queriam era dizer que era o menino de Jesus? Oh! O menino é o filho do Jesus? Quem nasceu? Foi o menino de Jesus, porque ainda não lhe tinham dado um nome. E Tobias, deixa lá isso, não comas isso que está estragado. Tobias! Aqui! já! anda! E lá fomos nós sem perceber muito bem porque é que o menino jesus não cresce. 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Alma - As coisas que aprendemos com a mentira

Como não aconteceu nada de especial também não vou escrever nada de especial.

Bem tal como disse vou escrever sobre o fim do mundo e sobre Bugarach. E como de um pequeno rumor, logo fazemos um facto real e com ritual. O mito do fim, para mim não é um falso mito, mas apenas uma real constatação de que o mundo tal como o conhecemos já acabou. E, é verdade sem dúvida que o mundo tal como eu o conheci já acabou e vai acabando de cada vez que eu o olho com olhos de ver e com consciência da realidade. O próprio mundo de hoje amanhã terá acabado e será uma nova perspectiva. Estamos cheios de crenças e de paradigmas racionais, e em parábolas e dignas de uma inconsciente condição humana. Tal como a programação o diz:
O inicio do fim pode ser o fim do inicio, e é muito importante continuarmos a ter as pausas para almoço e jantar, coisa de necessidade da sobrevivência da espécie. Enfim, Bugarach, é hoje famoso por terem acreditado nos Maias. E os Maias são famosos porque já não existem. Mas como se pode acreditar numa população lendária que não foi capaz de se manter parada nos tempos e que foi engolida pela civilização evolutiva da espécie. Continuamos a acreditar que as mentiras alimentam o medo e que somos menores e maiores que o tempo e que a vida. Nem sabemos dar valor a nossa existência porque continuamos com medo de existir. Coisas da moral e da religião.
*Álvaro Carvalho

domingo, 16 de dezembro de 2012

Alma-viajei num comboio que estava parado.

Viajem num comboio que estava parado.
Como não tenho escrito nada, não vou escrever sobre o nada. 
Mas sobre as minhas visões do dia a dia. Tenho andado preocupado com a greve da CP. Os comboios andam suprimidos. A supressão leva a anulação, ou seja, a identidade da CP - Caminhos de ferro de Portugal, perdeu-se no tempo e hoje não existe. Apenas há alguns comboios que viajam fantasmas pelo tempo. Uma companhia, sozinha, que apenas serve o interesse dos seus funcionários. Pois os utilizadores são lesados. Eu sou capaz de estar sentado a espera de um comboio que não há. Nesta marcha dos pinguins. tive uma ideia ou um acto de revolução: - e se ninguém viajar nestes comboios do dia a dia. Talvez estes funcionários não tivessem mais direito a ordenado e a subsídios  Nos tempos que correm a CP que se considera a si própria um luxo, devia sofrer as consequências. Os utentes deviam fazer greve aos transportes públicos, à CP, durante 3 meses. Ou então podemos todos passar a ter um part-time, como máquinistas, revisores. 

Suprimido, deve estar ligado a, deixe-se estar, não escute e não olhe. E como os comboios já sabem ler e como a placa diz que o transito pela linha é proibido, então eles inibidos   esperam que os sinais do tempo venha restabelecer a ordem, numa nova ordem que será o fecho da CP, para uma empresa particular e que os funcionários sejam reformados com muito boas condições. Há um interesse de muitos, de todos, os que lá estão menos dos que precisam de continuar a viajar e que não podem parar no tempo. Se precisarem de mim posso fazer um par-time, ok?

* Álvaro Carvalho, Dezembro de 2012. Algumas horas antes do fim do mundo da CP.