segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Blufffffff ou não? Eis a questão?

Não foi Blufffff?: A vontade de uns VS A perspectiva de alguns outros.


Em que é que estou a pensar; talvez que já deixei de ser miúdo, há muito, muito tempo. E que gosto de mais da serenidade e da reflexão, introspecção, do que do bluffff, algo que sei reconhecer na maior, será? 

Ao tomar uma decisão devemos saber distinguir duas coisas; a necessidade e o desejo. Depois demora-se +/- duas semanas a perceber se essa necessidade é a nossa ou é a dos outros, quando se percebe isso, não há volta a dar, precisamos de seguir a verdade, a nossa voz interior. A felicidade está em: para contigo próprio sê verdadeiro e não está num sorriso. Aborrece-me as pessoas que não sabem o que querem. Prometi a mim mesmo ser sempre eu, mesmo que isso não seja a opinião dos outros. 
Há pessoas e coisas muito estranhas com as quais nos vamos cruzando na vida, não acredito que seja em vão ou sem querer, pois elas nos ajudam apenas a sermos mais honestos. Nem sempre estão de acordo comigo, não me importa, pois a razão é apenas uma forma de se afirmar aquilo que desconhecemos, é apenas uma forma de reduzir o medo de se perder o controle. Estar "doente" não significa estar mal psicologicamente/emocionalmente. Está doente quem não é livre de ser ele próprio. Se hoje as minhas emoções fossem um livro, seria de certeza " O riso de Deus" ou "Um ensaio  sobre a lucidez". Já vivi uma Utopia tal como a de Thomas More. Mas hoje compreendo muito melhor Schopenhauer num mundo com Vontade e representação. Ser como um rio que flui, aqui tenho que citar Sartre, que entende o Ser Humano, com minúsculas, a partir da sua existência no mundo e de que a personna se define pelo exercício soberano da sua liberdade. 
O moralista condena a acção porque julga a intenção a partir do resultado. A sociedade identifica-se com as funções que cumpre, este racionalismo existencial reduz o individuo, ao que alguns chamam de ser social ou à aquilo que se designa por norma, de normalidade. Não se enganem porque a existência precede a essência. O Homem esse faz-se a Si próprio, por isso serei sempre eu e não actos reflexos. Se o meio tem influência na nossa decisão, claro favorece ou limita a escolha que se faz ou não. A lei da dialéctica acabou por realizar a minha vontade Própria ou então a  dar-me a reconhecer a minha Representação. O "Ego" é um habitante da consciência, assim ter consciência é ter consciência de algo. Assim ser autentico implica para mim a verdadeira fidelidade a mim próprio. 
Hoje tenho muitas razões para estar contente. Obrigado.

Álvaro Carvalho, Agosto 2013.