Não foi Blufffff?: A vontade de uns VS A perspectiva de alguns outros.
Em que é que estou a pensar; talvez que já deixei de ser
miúdo, há muito, muito tempo. E que gosto de mais da serenidade e da reflexão, introspecção, do
que do bluffff, algo que sei reconhecer na maior, será?
Ao tomar uma decisão devemos
saber distinguir duas coisas; a necessidade e o desejo. Depois demora-se +/-
duas semanas a perceber se essa necessidade é a nossa ou é a dos outros, quando
se percebe isso, não há volta a dar, precisamos de seguir a verdade, a nossa
voz interior. A felicidade está em: para contigo próprio sê verdadeiro e não
está num sorriso. Aborrece-me as pessoas que não sabem o que querem. Prometi a
mim mesmo ser sempre eu, mesmo que isso não seja a opinião dos outros.
Há
pessoas e coisas muito estranhas com as quais nos vamos cruzando na vida, não
acredito que seja em vão ou sem querer, pois elas nos ajudam apenas a sermos
mais honestos. Nem sempre estão de acordo comigo, não me importa, pois a razão
é apenas uma forma de se afirmar aquilo que desconhecemos, é apenas uma forma
de reduzir o medo de se perder o controle. Estar "doente" não
significa estar mal psicologicamente/emocionalmente. Está doente quem não é
livre de ser ele próprio. Se hoje as minhas emoções fossem um livro, seria de
certeza " O riso de Deus" ou "Um ensaio sobre a lucidez". Já vivi uma Utopia tal
como a de Thomas More. Mas hoje compreendo muito melhor Schopenhauer num mundo
com Vontade e representação. Ser como um rio que flui, aqui tenho que citar
Sartre, que entende o Ser Humano, com minúsculas, a partir da sua existência no
mundo e de que a personna se define pelo exercício soberano da sua liberdade.
O
moralista condena a acção porque julga a intenção a partir do resultado. A
sociedade identifica-se com as funções que cumpre, este racionalismo
existencial reduz o individuo, ao que alguns chamam de ser social ou à aquilo
que se designa por norma, de normalidade. Não se enganem porque a existência
precede a essência. O Homem esse faz-se a Si próprio, por isso serei sempre eu
e não actos reflexos. Se o meio tem influência na nossa decisão, claro favorece
ou limita a escolha que se faz ou não. A lei da dialéctica acabou por realizar
a minha vontade Própria ou então a dar-me a reconhecer a minha Representação. O
"Ego" é um habitante da consciência, assim ter consciência é ter
consciência de algo. Assim ser autentico implica para mim a verdadeira
fidelidade a mim próprio.
Hoje tenho muitas razões para estar contente.
Obrigado.
Álvaro Carvalho, Agosto 2013.