Esta abordagem visa alertar para a seriedade do assunto do "Coaching" que na minha opinião tem vindo a ser banalizado ou está apenas desatualizado.
Portanto o caminho certo é uma Escola e o trato Académico que este jogo da Mente e das Emoções - O POKER - requer por isso escrevo sobre este tema, abordando com profissionalismo um tema para quem trabalha com profissionalismo, brio e integridade.
No Coaching existe uma relação Terapeutica? As teórias explicativas do fenómeno sobre a relação terapêutica encontram uma resposta comum e central que vai ao encontro da hipótese levantada “Como funciona a relação terapêutica e a sua importância” de que é a relação terapêutica e a forma como ela se estabelece a peça fundamental em todo o processo para se efectivar o processo de motivação que leva a mudança e em que o terapeuta (coaching) desempenha um papel activo.
Pelas várias perspectivas teóricas o mesmo comportamento pode ter origens e motivações diferentes e podem ser entendidas tendo em conta o tipo de pessoa e em que situação se encontra. Os métodos de avaliação da personalidade são também eles alvos de controvérsia.
A problemática envolta nas abordagens, levanta as seguintes questões: Qual a mais eficaz? Qual é a que vai ao encontrar do individuo? Como é que ele se estrutura nesse encontro? Como se torna ele próprio com sentido de vida e nos seus objectivos? Todas estas questões encontram uma resposta comum e central, a relação terapêutica. A relação terapêutica parece ser uma peça fundamental em todo o processo. Mas talvez seja melhor ficarmos pelo veredicto do pássaro dodo de Alice no País das Maravilhas.
Entre algumas, encontra-se a Psicologia Humanista, abordagem não-directiva, tem como conceitos fundamentais: o Método Fenomenológico, a tendência actualizante (a motivação é construtiva, para o seu desenvolvimento enquanto pessoa); a não-directividade. A relação terapêutica e o processo de mudança – A compreensão empática (sem preconceitos), o olhar positivo incondicional (redução das experiências ameaçadoras) e a congruência (não estar preso a sua rigidez). A aceitação do outro; centração no sujeito; empatia; não directividade; compreensão. Há portanto que ter confiança no individuo, escutá-lo plenamente numa atitude compreensiva e respeitosa, que lhe vai permitir desenvolver todas as suas capacidades. A existência individual caracteriza-se em cuidado, construção e responsabilidade, na medida em que indivíduo cuida de sua existência procurando conhecer-se e compreender-se na relação com o outro. Em quatro dimensões: Física, Social; Psicológica e Espiritual.
“Não preciso de terapia” é uma afirmação muitas vezes ouvida no meio. Tal como «Coaching para quê?» e que levanta a questão da motivação para o processo de mudança e do estabelecimento da relação terapêutica, e ainda, da questão quem são na realidade os que mais precisam dela, os mais necessitados, e qual o papel do terapeuta, Vous ête engagé de Satre parece uma afirmação pertinente para o processo de mudança se poder realizar.
As abordagens motivacionais preocupam-se com a mudança e a sua manutenção. O que é a motivação? As estratégias de Mudança encontram-se hoje bem explicadas pela Intervenção Motivacional. O Modelo Transteórico de Mudança de Prochask e DiClemente fala-nos da mudança numa perspectiva de abordar as fases com as técnicas correctas para o individuo. Percorrer desde o estádio de pré-contemplação, contemplação, determinação, acção e manutenção. A acção de mudar, habitos ou manter niveis de eficácia, cria stress e envolve processos que podem desencadear em determinados indivíduos estagnação ou actividades deslocadas. Este modelo visa a adaptação das fases de forma a concretizar os objectivos.
A grande descoberta da empatia parece ser o caminho essencial para uma boa relação terapêutica, a abertura da porta que não se queria abrir. A melhoria dos instrumentos de diagnóstico e dos instrumentos de avaliação bem como a evolução das técnicas contribuíram para uma intervenção terapêutica a níveis nunca antes alcançados. A relação terapêutica parece assim ser fundamental para o sucesso do processo de mudança, e a confiança parece ser a mãe que alimenta tal como a mão que cura.
O coaching Mental não têm um único objectivo, o de ganhar, nem se associa ao que é _aprender" a jogar. Ou acreditamos mesmo que só aprendemos por imitação e depois por desenvolvimento. O Poker têm muito mais variáveis desde disciplina, auto-gestão, muitas horas de trabalho isolado, regras e estilos e mais muito mais. O Coaching Mental-Emocional são formas de prevalecer na actividade de forma natural e motivado. Este pequeno artigo visa questionar a efectividade da actividade denominada Coaching-Desporto (Numa classe Profissional de jogadoes de Poker, que não se enquadra de certeza nos traders). Uma coisa é ensinar a jogar e isso é um treinador, mas um coaching é um titulo/pratica que vai muito mais além.
Uma sessão de coaching é um tema mal utilizado neste contexto, pois uma aula é de estudo e mesmo que seja inter-activa é apenas uma sessão de estudo que não se enquadra no termo Coaching actualizado as novas realidades.
Atenção! (vejo na Net "gente" a pedir coaching sem saberem a quem?) O coaching não pode ser um tabú, escondido mas na realidade e necessidade de manutenção e crescimento de uma actividade profissional tão exigente.Qquem têm formação para tal e capacidades para tal, Profissionais liberais? podem, dá-se ou vende-se "coaching" pelos resultados.
A credibilidade não está associada só aos resultados e há treinadores que são melhores a fazerem o que sabem e que adquiriram formação para tal e que são melhor do que quando jogavam a bola.
Já passamos há muito os tempos onde os treinadores eram os bons jogadores. Hoje com as novas necessidades temos que ir muito mais além .....
AlmaCarvalho.
Álvaro Carvalho, Fev. 2015
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