Um homem a preto e branco que tinha uma sombra colorida.
Ou o homem sem sombra.
Ele, é apenas a forma daquele que não se apercebe que existe para além dele. lá vai ele seguindo apenas a sua sombra. Nem a sombra dependia dele e as cores eram o que lhe vai na alma, caminha silêncioso no meio das palavras. Ele era o negativo da sua sombra que não o largava fosse para onde ele fosse, estivesse ele onde estivesse.
Alguns homens não têm sombra e o homem sem sombra vive só na sua alma pedinte. Hoje há votos de eternidade e de mudança ou não, pois a sombra é aquilo que o sonho teima em não apagar. O que se mantêm no tempo e o que virá no nosso futuro projectado.
Vivo sem solidão mesmo que seja a preto e branco pois as cores são reflexo do prisma social, que aumentado nesta lente mercantil e económica, rural e civilizada, se torna necessidade. As mãos desse homem não aparecem na sua obra, pois ele não existe é um fantasma do passado que se quer manter vivo, nesta fome anda a Europa com satelite dos tempos rodando no espaço vazio.
Afinal a forma da sombra pode ser mais lucida do que o que a faz viver. nem tudo é o que parece nem tudo vai ser como se pensa.
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