quinta-feira, 25 de junho de 2015

Os Paradigmas são Utopias

Se Utopia é para mim é uma grande preguiça da alma o que são os paradigmas? 
O melhor exemplo de paradigma que encontro é o do Giordano Bruno, queimado na fogueira pela "santa" inquisição. 
Os modelos e padrões são e estão certos enquanto vigentes ou mantidos por umas determinadas classes (conservadores) e depois há aquilo que uns não gostam que são as rupturas ou revoluções epistemológicas porque chocam com o "sistema" o que prevalece é a cultura de massas. 
Somos muito pré-históricos quando pouco vemos para além da Aufklarung acreditando na Modernidade 
(mas o que é a modernidade?) e enquanto nas nossas vaidades nos julgarmos sabedores somos paradigma mas medíocres pois não temos a coragem de mudar o rumo e de admitir que apenas e ainda caminhamos pela idade das trevas. 
O que sei? pouco ou nada! mas já vi muito homem se vender. 
Até poderia ir buscar vários modelos que ainda tentamos manter; por exemplo há determinados tratamentos em uso que apenas usam os limites do que resultou com alguma ciência e se recusam a ver alternativas ou modificações, já vi médicos receitarem sem o saber, Juízes que condenaram por parecer e eu próprio já cometi juízos de valor de que me arrependo, já ouvi diagnósticos que me recusei a dar (não estou qualificado, nem quero) Mas já vi com cada" qualificado", enfim, bem como casos que não abandonei. 
Um dia dei uma caneta num acto de despedida a alguém que ainda tinha muito que crescer, nesse acto "fingido", (fiz de espelho) pois a caneta era pequena e abria-se para ficar "grande", foi de proposito, "cresce", disse-lhe eu na minha arrogância, ao recebe-lá a pessoa ficou pequena como a caneta, short e corou de desonestidade. 
E eu que tenho viajado pela vida vejo que a vida não é isso, há pessoas fantásticas, abertas, de espirito livre e gosto de estar onde me sinto bem, por isso resolvo as coisas a minha maneira, normalmente adoeço porque já estou a ir contra os meus princípios, doí-me o espirito. só tenho uma Verdade e se a questionam deixam de lado o melhor de mim, pois a arte de nos conhecermos é divina. 
Pois é, pois é, há coisas que prefiro não ver, pois os Modelos são tão absurdos que as pessoas que lá vão dentro são ocas de proposito. sim sou arrogante, pois humilde significa aquele que se conhece e o caminho ainda é longo para o conhecimento e para a sabedoria. 
O Ser é tão obvio e o comportamento humano fácil de decifrar. 
Acho, eu, muitas vezes, que devíamos estar noutra época ou então eu estou deslocado do tempo onde moro. um abraço para si meu/minha amigo(a) e aqui deixei estas reflexões que normalmente são de ponto critico pois adoro que as pessoas se questionem para descobrirem a verdade. a sua verdade, O seu "The Way." Houve tempos em que a palavra paradigma servia também para designar uma fabula. como os tempos mudam. e como é obvio os paradigmas nunca foram lineares porque são modas que no tempo se esquecem.


AdC

quarta-feira, 10 de junho de 2015

O PRINCIPIO DA INCERTEZA- Epistemologia

Epistemologia a filosofia das ciências: 
A realidade não existe independente de nós mas é construída pela observação. 
Uma verdade cientifica que nos remete para o Ψ designação da "função de onda". Psi que a Psicologia escolheu como logo, sendo a 23.ª letra do alfabeto grego e que também se designa assim na irrigação, nos sistemas hidráulicos. o seu potencial. 
A Psicologia têm como objecto de estudo o Homem (em movimento/situação), quer individual quer de grupo. Fundou-se como disciplina acadêmica sobre o estudo cientifico do comportamento e indo até as mais profundas e intensas funções mentais. Ora, como é que as funções mentais se relacionam com a função de onda. 

Logo a partida qualquer corpo observável desde o micro ao macro modifica o seu comportamento apenas pela observação, verdade cientifica, vigente, por isso o estudo é sempre em movimento. 
Foi nas experiências da dualidade onda-partícula que se tornou assim possível determinar que não se pode saber todos os movimentos do passado nem do futuro (mais ainda com as novas "descobertas" de que o futuro pode influenciar o passado). 

Voltando a "função de onda" que apenas talvez, talvez seja obra do acaso mas que por acaso têm o mesmo formato, desenha-se da mesma forma do "limiar de excitabilidade" a linguagem do sistema nervoso, o seu "potencial de acção", indo assim numa livre associação parar as "funções mentais" a equação de Schrodinger que descreve como o estado quântico de um sistema físico muda com o tempo assim também numa ampliada escala se transfere este principio activo para o comportamento humano e das leis da vida, apraz-me concluir que feitas as contas das quais se extrai as exceções à regra, pelo "meio", todo o comportamento humano se modifica durante a observação, tendo o comportamento esperado pelo observador, ou é onda ou partícula e também pode ser ambos ao mesmo tempo. 
Como assim? E assim começa o principio da incerteza, com os "alquimistas da alma". Então o método de prever, medir, explicar e observar, parece não ter, "alma", verdade, e pode estar obsoleto. Em boa verdade se diga que chamam "explicar" ao racionalismo do observável. O que cria um problema ao "logo", de "pathos" pois só seria compatível ir buscar ao alfabeto grego uma letra obsoleta. Então onde nasceu primeiro o Ψ? 

Sabemos que se notorizou com os gregos (ψυχή) psyché "alma" e assim com logia se adaptou para o "estudo da alma", alma é um termo que deriva do hebraico "nephesh", que significa vida/criatura, e também do latim "animu", que significa "o que anima". Mas quer mesmo a psicologia estudar a sua função, como estudar o que não É? o seu peso, a sua conduta, aprisionar a alma é inatingível e muito menos explorável. 
Era mais adequado se dizer "συμπεριφορά" que significa em grego conduta/comportamento e escolher uma letra obsoleta para uma dissecação da personalidade psíquica que não é de forma alguma a pre-disposição da sua alma, já que se modifica pela observação e parece existir num campo esotérico ou fantasmagórico e tal como Lagache que já questionava a falta de unidade da psicologia e diz que é ainda algo fragmentado, porque há uma "realidade psíquica" uma "causalidade psíquica" e a questão da consciência que vive das interpretações e representações mentais. 

Pois nada é o que parece pois tal como a luz tudo são representações, o som e as imagens só existem porque o nosso cérebro as descodifica assim por isso nada existe se não for observado. 
Outro assunto, mas que vai dar ao mesmo é a eterna questão "Quem guarda os guardas" 
Por isso, sempre disse que os que se acham bons advogados medem-se pelo dinheiro que ganham em nome da justiça, é verdade a nossa civilização criou um sistema onde se paga para ter "justiça" - Faz sentido? 
Assim como sempre disse: "que um bom psicologo têm que ser um bom filosofo e um bom biólogo", se não vai apenas observar, medir, e, ..., e predizer, "escrever em acta", em relatório para ? poder ser medicado. 

(Ressalva, casos óbvios, exceções à regra). 

Não era para a industrialização da química, farmacêutica, que o tema queria ir, mas foi lá parar sem passar sem percorrer a distância do ponto A ao ponto B, como é possível aparecer neste ponto só assim aparecer, como nas viagens no tempo. dizem que é um conceito. 
O tempo é um conceito e algumas industrias a materialização num espaço de conceitos fantasmagóricos pré-favorecidos. 

Mas sendo humano, não posso viajar no tempo, nem realizar no futuro o meu passado, mas se sou onda-partícula se estou a ser observado também eu me modifico, portanto foi aí que alguns sem o saberem foram fazendo crescer novos mundos de vivência que lhe chamam de espiritualidade, é simples basta seres UNO, viver sem dualidade. 

Incrível, lindo, como num nível microscópio existe muito mais inteligencia do que apenas comportamentos para a sobrevivência.

Afinal de contas somos muito mais do que aquilo que pensamos. 

Então, não é que talvez Freud já soubesse mais do que conseguia, explicar, tal como a religião e a Psi de hoje, ainda, que tenham inbutidos neles próprios dourados e batas e tanta confusão que vivem da "doença", trocaram tudo desde as hierarquias, a igualdade, aos conceitos, e tudo isso para se dogmatizarem tal como fez a Industria. 

(para Einstein Deus não jogava aos dados - e em Dawkins The Blind Watchmaker)

Eles, não sabemos bem quem, mas eles, já o diziam "que o que está em baixo é igual ao que está encima", não sabiam o que diziam mas tinham razão e trocaram de novo a hierarquia. Porque afinal é mesmo, o macro-cosmo é feito a imagem do micro-cosmo. E tudo é UNO.




 O Principio da incerteza

AdC, Junho 2015

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Quis o Destino não ter Tempo

As vezes sem saber porquê lembro-me do Sr. Romão, um grande Homem, o nosso caminho cruzou-se algumas vezes, quis o destino, foi meu chefe na Marinha, deu-me formação e quando o conheci já ele era Sargento. Para mim foi sempre o Sr. Romão. 

Acho que já faleceu foi o que me disseram na ultima vez que perguntei por ele, o seu lugar estava vazio, quer dizer, estava lá outra pessoa mas não era o Sr. Romão. Não tinha o seu jeito calmo com um sorriso transparente. nunca o vi zangado, era de poucas falas, apenas o necessário e era muito respeitado por todos, pelos Superiores hierárquicos e muito pelo Subordinados, ao mesmo tempo, que nem tanto por alguns atrevidotes que vestiam a mesma jaqueta mas não com o aprumo e brio como o Sr. Romão. 


A ultima vez que estive a falar com ele, era porteiro de uma clinica de psiquiatria em Lisboa, fazia lá umas horas e já estava reformado da Marinha. E, eu, tinha lá ido a pedido de uma urgência porque um paciente queria abandonar a clinica e estava a causar graves distúrbios e assim no meio do nada foi o reencontro, quis o destino. Encontro que foi um acaso, pois eu que já tinha ido a Marinha para falar com ele e não sabiam dele e contaram-me, um já não sei quem, "É que sabe, a esposa dele faleceu, logo na semana seguinte a ele se ter reformado, foi atropelada em cima do passeio", "faleceu? como? a esposa do Sr. Romão faleceu" indaguei eu, era absurdo não podia ser verdade, "a sério?" como podia acontecer tal sucedido, não fazia sentido.
E lembro-me de nesse dia me perguntar "e agora? e agora, o que vai ser do Sr.Romão?" É que eu sabia o Homem que era o Sr. Romão, vivi com ele horas de dias nos mares, entre ferro, fomos falando, falávamos de nós e ele compreendia-me na minha rebeldia e comportamentos atípicos não esperados pela maioria ou em desacordo com a vida, 
Foi com a sua força e integridade que um dia nessa Escola de Homens fui formador e sai pela "porta grande", foi pela sua mão, quis o destino, que o comando me autorizou a sair, porque como ele dizia "você tem outras coisas para fazer na vida", "Vá, homem, vá!" e eu vim pela vida fora.


Nas minhas mais pessimistas referências, aquilo não podia acontecer, o Sr. Romão era uma alma boa e eu sabia, que o seu projeto de vida após a reforma, era compensar a mulher pelas horas e dias e semanas e meses que ela esperava nas horas em solidão do regresso do seu homem do mar, o Sr. Romão queria, eles, tinham combinado que iriam viajar pelo mundo e conhecer as viagens. 
A minha admiração sempre foi de confiança por este homem, em tanto que estive perto dele, é que no mar os Homens são a sua verdade e este Homem no mar foi sempre o mesmo, nunca o vi bêbado, não saia nos portos a procura dos "night club's" (o cais do sodré mais sombrio da localidade) nem uma só vez, dava as voltas dele mas sempre foi fiel a sua mulher e aos seus homens e aos seus princípios. Nunca falei com ele sobre isso mas sabia da sua dor. 

As vezes lembro-me do Sr. Romão e penso na vida e no sentido e no destino e no seu acaso,

Percebo o Aqui e Agora. gostaria muito que ele não tivesse morrido triste. 

Grande Homem Sr. Romão? Acho que ele me diria "quis o destino". 

Porque quis o destino não lhe dar o seu Tempo? Sr. Romão. 






AdC