Páginas
- O vôo da Alma (clic para voar)
- «O que leva as pessoas a fazerem o que os outros fazem?»
- Recensão crítica
- DASS - Group addicted and students.
- O Álcoolismo - Tratamento - IDT.
- IAPS - Study.
- Relação Terapêutica e Psicopatologia.
- COTAÇÃO DE RORSCHACH
- O UNIVERSO PROMETEICO - Cronos.
- O que tem acontecido- Saúde da Carolina-ESCOLIOSE
- https://www.facebook.com/Almacarvalhoblog
Acerca de mim
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Alcool et santé : bilan et perspectives
http://www.inserm.fr/thematiques/neurosciences-sciences-cognitives-neurologie-psychiatrie/dossiers-d-information/alcool-et-sante-bilan-et-perspectives
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Cocaine-linked genes enhance behavioral effects of addiction
http://esciencenews.com/articles/2009/05/13/cocaine.linked.genes.enhance.behavioral.effects.addiction
New research sheds light on how cocaine regulates gene expression in a crucial reward region of the brain to elicit long-lasting changes in behavior.
New research sheds light on how cocaine regulates gene expression in a crucial reward region of the brain to elicit long-lasting changes in behavior.
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Millon - Método Quantitativo
A avaliação psicológica e os métodos quantitativos
Uma disciplina científica é definida pelos métodos de investigação que emprega (Handbook of Psychology; 2003; Vol. II Research method in Psychology). Os testes são situações estandardizadas que permitem, por uma avaliação estatística das respostas produzidas por um sujeito estabelecer o seu perfil psicológico em termos de capacidade e de traços da personalidade (cit. in Bernaud, 1998).
Quando utiliza um teste, o psicólogo tem de dominar as operações de quantificação, apreciar a sua fiabilidade e decidir da utilidade concreta das medidas assim efectuadas em relação ao problema a resolver (cit. in Bernaud, 1998). As qualidades da medida estão directamente relacionadas com a fiabilidade do funcionamento do instrumento de medida que deve permitir diferenciar bem os sujeitos, não fornecer indicações aleatórias ou irregulares e dar indicações em relação às situações que estão a ser estudadas (cit. in Bernaud, 1998). O que define as qualidades da medida são a sensibilidade, fidelidade e validade. Um sistema multiaxial envolve uma avaliação com base em vários eixos e facilita a avaliação completa e sistemática das várias peturbações mentais (cit. in DSM IV, 2002).
O MCMI – Inventário Clínico Multiaxial de Millon, T. Millon (1977, 1987 e 1994).
Fundamentando-se na Teoria Evolutiva para sustentar a sua Teoria da Personalidade e T. Millon cria em 1977 o inventário multiaxial, surge como uma alternativa ao método tradicional que rotula e categoriza o paciente, tendo por base uma única dimensão ou eixo. O diagnóstico multiaxial diferencia e acede simultaneamente a várias características clínicas relevantes, à semelhança do DSM-IV. Assim o MCMI – Inventário Clínico Multiaxial de Millon – possibilita a elaboração de um diagnóstico segundo o Eixo I (Síndrome Clínico), sumariando as principais queixas e sinais comportamentais do paciente, e segundo o Eixo II (Perturbações da Personalidade), (ver anexo III) descrevendo o estilo de funcionamento psicológico, de longa duração e profundamente enraizado no paciente (cit in Millon, MCMI, 1982).
O inventário Clínico Multiaxial de Millon (MCMI, 1982) é um instrumento objectivo de psicodiagnóstico concebido para o uso com pacientes psiquiátricos que estão sob vigilância ou envolvidos num programa de intervenção psicoterapêutica (cit. in Guia Interpretativo do Inventário Clínico Multiaxial de Millon, 1982).
A versão original, MCMI-I, surge em 1977 com 20 escalas, posteriormente realizaram-se duas revisões: MCMI-II com 22 escalas, em 1987 e MCMI-III com 24 escalas em 1994, e todos eles com 4 escalas de validade.
É um inventário de auto-relato relativamente breve composto por 175 itens, de resposta dicotómica “verdadeiro” ou “falso” (ver anexo IV). Com duração de administração de 25 a 30 minutos. Aplicável a indivíduos com mais 18 anos de idade e com mais do que o 8º ano de escolaridade. Os resultados para as vinte escalas clínicas são habitualmente derivados destas respostas; onze destas escalas correspondem às perturbações da personalidade incluídas no Eixo II do DSM – IV, e nove representam os sindromas clínicos mais prevalentes do Eixo I (cit. in Guia Interpretativo do Inventário Clínico Multiaxial de Millon, 1982).
Descrição dos valores normativos
As normas para o MCMI são inicialmente baseadas em numerosas amostras de pacientes clínicos que estiveram envolvidos em avaliação psicológica ou psicoterapia (Millon, 1982). Na construção do teste, a população de pacientes consistiu em 1591 sujeitos, sendo 58% masculinos e 42% femininos com idades compreendidas entre os 18 e 66 anos. O primeiro grande estudo de validação cruzada compreendeu mais 256 pacientes, 57% masculinos e 43% femininos (cit. in Millon, 1982). Os dados subsequentes do MCMI foram revistos em 1981 em 43218 pacientes. Os resultados brutos foram transformados em resultados base-rate, uma conversão determinada por dados conhecidos da prevalência da personalidade e do sindroma, e por linhas críticas concebidas para maximizar as classificações de diagnóstico correcto.
Natureza e desenvolvimento do MCMI
Os instrumentos de diagnóstico aparentam ser melhorados na sua utilidade se forem ligados a uma teoria clínica compreensiva. Cada uma das escalas clínicas do MCMI foi construída como uma medida operacional de um sindroma derivado de uma teoria e psicopatologia (Millon, 1969, 1981). É também importante a sua coordenação com o sistema de diagnóstico oficial e as suas categorias de sindromas. Cada escala do MCMI foi construída segundo o modelo do DSM de modo a poder distinguir as características da personalidade mais frequentes dos pacientes (Eixo II) das peturbações clínicas agudas que eles demonstram (Eixo I). Esta distinção permite ao clínico separar os tipos persistentes e invasivos do funcionamento psicopatológico dos tipos de sindromas que são passeiros e circunscritos. Da mesma forma, as escalas distinguem entre vários níveis de severidade psicopatológica (cit. in Millon, 1982).
No processo da construção do teste, todas as selecções dos itens foram baseados em dados nos quais os grupos de diagnóstico alvos eram comparados com a população representativa mas indiferenciada de pacientes psiquiátricos. Isto optimiza a eficiência da discriminação das escalas e, nesse sentido, intensifica a precisão do diagnóstico diferencial. A consistência interna é medida através da divisão dos itens de uma escala em duas partes e ao determinar as correlações entre as partes, modo chamado de Split-half (Handbook of Psychology; 2003; Vol. II Research method in Psychology).
A selecção de cada item e o desenvolvimento de cada escala progrediram através de uma sequência de três passos de validação: (1) realização teórica, (2) estrutura interna e (3) critério externo (Loevinger, 1957; Jackson, 1970 cit. in Millon, 1982).
Modo de aplicação
Trata-se de um inventário de auto-relato: na primeira página estão impressas as instruções do teste, informação do registo do paciente, grelha de identificação e secções de código especial para os clínicos o que permite manter o anonimato dos pacientes (cit. in Millon, 1982), resposta dicotómica “verdadeiro” e “falso” (ver anexo IV) e devem ser assinaladas com um círculo (cit. in Millon, 1982). Deve ser aplicado a pacientes com mais de 18 anos e não se deve aplicar se estiverem muito fatigados, em sofrimento, apreensivos ou num estado confusional activo.
Quando o paciente entregar o inventário, o examinador deve verificar se está completo, se há respostas duplamente marcadas (Ve F) e itens omitidos, as falhas devem ser corrigidas.
Dimensões
A Teoria do MCMI é baseada em derivações duma simples combinação de algumas variáveis. Os seus oito estilos básicos de funcionamento da personalidade forma-se a partir de uma matrix de 4 X 2, consistindo de duas dimensões básicas (cit. in Millon, 1982). A primeira dimensão pertence à fonte primária da qual os pacientes ganham conforto e satisfação (reforço positivo) ou tentam evitar a dor emocional e o sofrimento (reforço negativo). Os pacientes que experimentam poucas recompensas ou satisfação na vida, quer seja por eles próprios ou por outros, são referidos como tipos desapegados. Os outros encontram-se no pólo oposto e são descritos como dependentes porque medem as suas satisfações ou desconforto pela forma como os outros reagem ou se sentem relativamente a eles. Divide-se, ainda em personalidade independente e personalidades ambivalentes; sendo que os que exibem uma personalidade independente a gratificação é determinada em termos dos próprios valores e desejos e aqueles que experenciam um conflito entre ser orientado pelo que os outros dizem e desejam ou seguir os seus próprios desejos e necessidades, são os de personalidade ambivalente (cit. in Millon, 1982). A segunda dimensão da matrix teórica de Millon reflecte o padrão de comportamento instrumental ou de coping que o paciente caracteristicamente emprega para maximizar o prazer e minimizar a dor. Os pacientes que parecem estar estimulados e atentos, organizando e manipulando os acontecimentos de vida para alcançar a gratificação e evitar o desconforto, demonstram um padrão activo. Por outro lado, aqueles que aparentam estar apáticos, restringidos, complacentes, resignados ou contentes por permitirem que os acontecimentos de vida sigam o seu próprio curso, sem qualquer controlo ou regulação pessoal, possuem um padrão passivo (cit. in Millon, 1982).
Quando as quatro fontes de reforço primário são combinadas com os dois padrões instrumentais ou de coping, emergem oito estilos de personalidade: desapego activo e passivo, dependente activo e passivo, independente activo e passivo, e ambivalente activo e passivo (Tabela I, anexo 1). Várias covariações são possíveis entre os síndromes clínicos do Eixo I e os estilos de personalidade do Eixo II e o MCMI especifica estas inter-relações.
Sistema de pontuação
Os valores brutos são convertidos na Taxa Básica (BR) para permitir a comparação entre os índices de personalidade. A Base Rate é, essencialmente, onde cada um se encaixa com uma pontuação numa escala de 1-115, sendo 60 a pontuação mediana. A conversão para uma pontuação taxa de base é relativamente complexa, e há certas correcções que são administradas com base no estilo de resposta de cada paciente.
Os índices Modificados são registados com um sistema complexo em que as respostas do paciente em outras escalas são comparadas e os escores brutos e BR são tomadas a partir deste. O índice de validade é uma excepção a esta. É composto de três perguntas, e assim é pontuado entre 0 e 3. Não é convertido para uma pontuação BR (ver relatório interpretativo anexo II).
Os valores brutos são convertidos na Taxa Básica (BR) para permitir a comparação entre os índices de personalidade. A Base Rate é, essencialmente, onde cada um se encaixa com uma pontuação numa escala de 1-115, sendo 60 a pontuação mediana. A conversão para uma pontuação taxa de base é relativamente complexa, e há certas correcções que são administradas com base no estilo de resposta de cada paciente.
Os índices Modificados são registados com um sistema complexo em que as respostas do paciente em outras escalas são comparadas e os escores brutos e BR são tomadas a partir deste. O índice de validade é uma excepção a esta. É composto de três perguntas, e assim é pontuado entre 0 e 3. Não é convertido para uma pontuação BR (ver relatório interpretativo anexo II).
A validade
Os índices de modificação consistem em 4 escalas - a escala de Validade (V) Os resultados são considerados inválidos sempre que se verificar que os itens (62,90,152,169) dois ou mais forem assinalados como verdadeiros, se doze ou mais itens forem omitidos ou respondidos simultaneamente e se o resultado, na escala bruto na escala X for menor que 145 ou maior que 590., a Escala de sensibilidade (X) que avalia até que ponto o sujeito foi verdadeiro nas suas respostas, a Escala de desejabilidade(Y) que permite identificar se os resultados foram influenciados pelo desejo de parecer socialmente atractivo e a Escala de humilhação (Z) que reflecte tendências opostas ás expressas pela escala de desejabilidade.
Conclusão
O teste de Personalidade Inventário Clinico Multiaxial de Millon – MCMI desenvolvido por Theodore Millon em 1997, Tem como objectivo a recolha de informação clínica para tomada de decisão e tratamento em pessoas com dificuldades emocionais e interpessoais.
Avalia a interacção do eixo I e transtornos do eixo II com base no DSM-IV, vai identificar as características de personalidade mais profundas e penetrantes e os subjacentes sintomas evidentes de um paciente, tem com vantagem uma compreensão integrada do relacionamento entre características da personalidade e síndromes clínicas para facilitar as decisões de tratamento.
O inventário Clínico Multiaxial de Millon (MCMI, 1982) é um instrumento objectivo de psicodiagnóstico concebido para o uso com pacientes psiquiátricos que estão sob vigilância ou envolvidos num programa de intervenção psicoterapêutica (cit. in Guia Interpretativo do Inventário Clínico Multiaxial de Millon, 1982).
A versão original, MCMI-I, surge em 1977 com 20 escalas, posteriormente realizaram-se duas revisões: MCMI-II com 22 escalas, em 1987 e MCMI-III com 24 escalas em 1994, e todos eles com 4 escalas de validade.
Os instrumentos de diagnóstico aparentam ser melhorados na sua utilidade se forem ligados a uma teoria clínica compreensiva. Cada uma das escalas clínicas do MCMI foi construída como uma medida operacional de um sindroma derivado de uma teoria e psicopatologia. Cada escala do MCMI foi construída segundo o modelo do DSM de modo a poder distinguir as características da personalidade mais frequentes dos pacientes (Eixo II) das peturbações clínicas agudas que eles demonstram (Eixo I). As escalas distinguem entre vários níveis de severidade psicopatológica.
O Inventário Clínico Multiaxial de Millon – MCMI - é um instrumento objectivo de psicodiagnóstico concebido para o uso com pacientes psiquiátricos que estão sob vigilância ou envolvidos num programa de intervenção psicoterapêutica.
Álvaro Augusto dos Santos Carvalho, 2008.A confusão instala-se antes da depressão. E está em todo o lado menos onde deve estar.
Um dia a confusão armou-se, instalou-se, como quem não
queria a coisa, sem se dar por ela. E como é próprio da confusão, todos
procuravam em vão quem a tinha criado, era um boato ou era mesmo a confusão em
pessoa, tal como ela se apresenta sem se fazer anunciar para não confiarem nela.
São coisas próprias da confusão que quando surge logo se segue um mal estar, um
clima de dúvida, a incerteza, o medo e se for mantida, o pânico, o drama. Sem
confusão, não vá alguém apanhá-la e de surpresa para admiração de todos, aparece
camuflada de intriga e de opiniões sem razão, não vá a confusão tecê-las. É
próprio do caos ter medo de si por isso reina a confusão porque tem medo de si.
Tem pavor de se fazer notar e necessidade de que se fale dela, a confusão não é
coerente nem nunca o será, foi educada e aprendeu assim pela imitação rumo a uma
socialização que faz dela actriz do sem sentido. Perdido por um, perdido por 5,
diz ela no seio da confusão, sim porque a confusão tem seio que é onde vão
mamar os inseguros, os dignos apenas de si e os indignos. Não se fazem representar
os indignados, nem os harmoniosos, esses livram-se da confusão, não se ausentam,
apenas não a sentem, a gente que não se sente mas que é filho de boa gente.
Onde reina a confusão, todos ladram, que nada tem a ver com ladrão ou ambição,
e ninguém tem razão. A confusão, ela própria afirma que não sai aos seus, ela é,
as águas passadas que não moveram os moinhos porque não havia vento e os
moinhos não se movem estão sempre no mesmo sítio. Excepto se o sítio deixar de
o ser e aí reaparece a confusão, como é, que o que era, deixou de o ser? Não há
duas sem mais uma vez ou na próxima é que é, assim se afirma na sua
constituição fazendo das suas forças onde há fraquezas, escuro de almas onde a
luz escurece com medo da ilusão, pois com confusão não há futuro, é negro.
Para sair, a confusão, não pediu licença, foi-se como quem
vai voltar e dela nasceu a mudança, numa assimilação e acomodação, onde se
elabora um novo conhecimento, um novo caminho, é no Caos que nasce a ordem e
assim é a natureza e os homens na sua evolução. Fez-se luz e há conhecimento. A
confusão pariu uma nova crença, não foi um rato, nem o profeta foi a montanha, foi apenas uma mudança, apenas uma mudança.
A confusão passa para mudar algo vem antes da depressão e faz-se como
motivo óbvio, do poder e da ascensão, para vencer o inimigo numa atitude de
dúvida e depois de ela passar se nada mudar então nada mudou. O que se lamenta
é não se aproveitar o acto de estarmos confusos para perceber que não estamos a
ser honestos. Acreditamos que euforia é alegria, que tristeza é frustração e
que saudade é altruísmo é como acreditar que existe confusão onde apenas há novos caminhos. A confusão fragmenta-se pela imagem que temos do
interior, é no olho do furacão que está o silêncio, a solução para sair da
confusão. Enquanto uns vêem problemas outros vêem soluções. O medo alimenta a
confusão que se refugia na falta de projecto e objectivos. Aí, estou confuso!
estou mesmo tão confuso que nem posso. É como quem não vê.
17 de Fevereiro de 2012, A.C.
O Mundo é uma aldeia onde eu nunca fui.
O que fazem estas pessoas todas e as outras que hoje aqui
não estão mas que vão estar e as que aqui já estiveram, O que fazem todas estas
pessoas aqui? a espera? O que esperam o que aguardam? o regresso de D.
Sebastião, o regresso das naus, será que são os velhos do restelo. Será que não
sabem que aqui estão. Esperam um futuro de onde partiu o passado. Estranhos de
tão estranhos que estão de si que nem o outro reconhecem. E esperam como se
fosse acontecer algo de diferente, não aqui e agora mas para mais tarde
recordar. Trazer memórias e carrega-las para termos identidade e não estarmos
perdidos no meio da multidão, nesta aldeia global onde todos somos vizinhos
também somos ninguém, tal como canta Homero o poeta cego, canta a Ulisses ao
regresso do herói, à sua volta. E esperam enquanto ele vai vivendo a sua vida. Então
ninguém se reconhece no meio da multidão. A aldeia deixou de o ser e usa
maquilhagem para disfarçar o tempo de espera. E enquanto eu dizia que não há
isto ou aquilo, que se pode isto ou aquilo. Saiu-me uma frase “ninguém rega o
jardim”. A minha filha perguntou-me então porque não o regas tu. E foi o que eu
fui fazer. Não espero nada, nem reconhecimento, apenas deve agir, fazer, saber
fazer é arte que de tão simples que é, que se perde no, não sei fazer, porque
não quero. Um aluno não pergunta porquê? Mas como, como? É, a pergunta certa,
pois envolve compromisso e acção. Ponto final. Bem, ainda não é o final feliz
que todos querem porque hoje só temos uma certeza é que nada voltará a ser como
dantes, na realidade actual ou mudas ou mudas. Não há outras alternativas.
Afinal a mudança é uma questão de atitude, porque o problema não é o problema
em si, mas é a atitude que temos em relação ao problema. Nos provérbios mais
sábios e por muitos citados “Um pescador nunca se queixa se ficar molhado na
hora de recolher as redes”, assim como não podemos colher nada, se nada semeamos.
De, “se’s” e “mas” está o mundo cheio e a aldeia não cresceu porque era pequena
demais pela visão dos que nela lá moram. Não há ponto final.
15 de Fevereiro 2012, A.C.
sábado, 11 de fevereiro de 2012
O Tobias não ladra, comunica e faz.
Tenho este ar de cão desgraçado mas é porque estou camuflado, estou em missão.
O Tobias ladra porque não sabe falar mas isso não quer dizer
que não sabe comunicar, defende o que é seu na tranquilidade da sua realidade,
bem simples e não entende porque o obrigam a fazer coisas que ele não entende e
muito menos porque as tem que aprender e repetir e que se assim não fizer está
forma da norma e é um cão difícil. Tobias! tens que mudar , e ele olha perdido
na compreensão do que não é dito, que é a força da minha vontade. Apenas
queremos que seja feita a nossa vontade, que as coisas façam sentido na nossa
razão, porque na socialização somos assim conectados em bons ou maus, em fortes
ou fracos. Como o Tobias não anda em matilha pensamos que está só, mas como ele
não sabe o do que estamos a falar, pois não fala, comunica, então não complica
nem faz interpretações desajustas para apenas ter sentido que é o sentido de
alguns. Como não fala não sabe do que está a falar.
Voltando aos temas dos quais não sei falar. Não percebo nada
de leis, só tenho é esta estranha sensação de que há algo de errado com a
justiça. Vejo que é cega porque aparece de olhos vendados e isso não quer dizer
que não põe as personalidades acima dos princípios. Advogados e Políticos um
sistema inventado por uns quantos para uns muitos. Não existe maior mentira do
que fazer da verdade uma causa, uma luta, por em certo sentido lutar pelos
outros é achá-los pouco capazes. Elegemos e votamos, o voto é obrigatório,
ficamos moralmente comprometidos com a prática pouco abonatória das leis, sim
porque ambos os sistemas são sem dúvida nenhuma a corrupção do próprio sistema
humano, da vida, enquadrada num espartilho de ideais e legalidades muito pouco
originais que apenas serve o que se pretende obter. O sistema não protege o
individuo porque o individuo não pertence ao sistema. Então nas leis os políticos
e advogados são sócios, mas nem todos se associam, claro é que como nos casamentos há sociedades que não dão
certo, civilizações caíram porque os homens não se entendiam. Quem é na
realidade honesto nesta vida, será que um homem morto é honesto? ou até nesse
momento ele fugia à verdade. Como pode um cego ver? Como pode um doente esperar
horas por uma má consulta. Procura-se morto ou vivo pessoa integra que não
tenha perdido pedaços pela vida nem traga consigo os pecados e medos do mundo.
Os medos da gente da terra que sente culpa sem saber de quê. São todos farinha
do mesmo saco diz o proverbio. Então o Tobias respondeu com um latido ao
anúncio é básico claro como é que eu não pensei nisto antes e para além disso,
expressão de reforço e empática, não há nada a não ser o simples significado de
colocar sempre os princípios acima das personalidades. Mas quais princípios? Os
do Tobias, que não fala mas comunica que não contraria a sua vontade, que não
compreende as leis e os que falam por falar, que apenas entende a sua verdade e
que aprender a dos outros é falsear os seus princípios. Para contigo próprio sê
verdadeiro e segue os teus sonhos.
Tobias! Mas onde é que ele está? Anda, vamos a rua. E, lá
apareceu ele a abanar a cauda sem medo de não ser obediente mas alegre por ir
fazer o que gosta.
10 de Fevereiro de 2012
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Subscrever:
Mensagens (Atom)