Liderança e Gestão
são funções distintas
Sem uma boa gestão as empresas
tornam-se caóticas e vêm a sua sobrevivência ameaçada. E sem uma boa liderança
as mudanças necessárias não são implementadas.
Numa equipe de trabalho a
liderança e gestão não são a mesma coisa. Os líderes são carismáticos e
inspiradores, tomam riscos, são dinâmicos e criativos sabem lidar com a
mudança, são visionários, enquanto os gestores são mais racionais, trabalham
mais com a “cabeça” do que com o “coração”, lidam com a eficiência, o
planeamento, os procedimentos, o controlo e os regulamentos.
Gerir consiste em provocar,
realizar, assumir responsabilidades e comandar. De forma diferente liderar
consiste em exercer influência, guiar, orientar. Os gestores são pessoas que
sabem o que querem fazer e os líderes são as que sabem o que é necessário ser
feito.
A liderança é levada a cabo com
líderes e seguidores que procuram mudanças reais na organização, enquanto a
gestão envolve a coordenação de pessoas e recursos para a produção e venda de
serviços numa organização.
Os gestores questionam sobre o
como e o quando, querem resultados a curto-prazo.
Os líderes questionam-se sobre o
quê e o porquê, têm perspectivas a longo-prazo.
Há incompatibilidade psicológica
entre estas duas dimensões e ninguém pode ser bom simultaneamente a liderar e a
gerir. Para serem bem sucedidas, as organizações necessitam então de estimar os
dois tipos de pessoa, assim combinando uma forte gestão com uma forte liderança.
Uma apoia a outra e vice-versa.
Uma cadeia ilustrativa das
relações entre a actividade do líder e os resultados organizacionais:
- O líder desenvolve uma visão
apelativa e inspiradora.
- Os colaboradores ficam mais
empenhados na organização e no trabalho.
- Os colaboradores incrementam o
seu nível de esforço e melhoram as competências.
- A qualidade quantitativa e
produtividade aumentam.
- As vendas e os lucros aumentam.
O desempenho dos grupos e das
organizações, também é influenciado por factores alheios ao controlo dos
líderes e dos gestores (e.g. estado da
economia, condições de mercado, situação socio-política, os custos do dinheiro).
Os factores internos, também são de enorme importância e devem ser aferidos
pois são os que mais prejudicam a realização da tarefa bem como o atingir os
objectivos, os níveis de Satisfação com o Trabalho e a inter-acção entre
sectores e as relações pessoais entre funcionários ou colaboradores (e.g. a constituição de pequenos grupos,
Elton Mayo com as experiências de Hawthorne na Western Electric) as
relações desenvolvem regras informais ou normas ao nível de produção adequado
e o grupo distorça a informação de modo
a proteger-se. E, assim o grupo trabalha abaixo das suas capacidades. Para
preservar os seus postos de trabalho e para não tornar os níveis de exigência
excessivos, o grupo cria as suas próprias regras e normas e vigia o
comportamento de uns e outros. (os membros desviantes são ridicularizados e
rejeitados).
Os funcionários são sobretudo
seres sociais, movidos por necessidade de pertença e de aceitação. A função de Liderança
é fundamental sendo responsável pela criação de condições que facilitem, na
linha de Maslow, a auto-realização dos funcionários. Esta função requer
competências de comunicação, sensibilidade às relações pessoais, capacidade de
motivação e conhecimento das tácticas de influência da dinâmica grupal.
Torna-se necessário uma Cultura
Organizacional.
Manual do Comportamento Organizacional e Gestão, 2007.
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