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Acerca de mim
sexta-feira, 30 de março de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
The Phazing - concerto
http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=16769
Os setubalenses “The Phasing” não conseguiram o apuramento para a final a partir da eliminatória de sábado passado, mas “o facto de ser escolhido de entre as cem bandas inscritas para o concurso já é uma vitória”, afirma Carlos Miranda que com Rodrigo Carvalho e Pedro Ribeiro compõem a banda. Carlos Miranda considera que “o concurso podia ter sido mais divulgado”, mas entrega às “Bandas de Garagem” um“prestígio muito grande para quem consegue tocar no palco”.
“Em Setúbal há projetos musicais muito bons de todos as expressões musicais que podem levar o nome da cidade a outros patamares”, afirma Carlos Miranda, orgulhoso das “primeiras prestações de sempre da banda em palco”, que ocorreram na Capricho. Apesar de faltar um vocalista no grupo, o guitarrista dos “The Phasing” considera que essa situação pode ser remediada “quando encontrar alguém que preencha os requisitos vocais necessários”.
As Aventuras de Mr X
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terça-feira, 27 de março de 2012
Consultas de graça - O Tobias sorriu.
Talvez fosse melhor eu não sair daqui!
Se for por aí sou capaz de me perder ou de não me sentir sozinho. Mesmo assim também não estou bem por isso o melhor é procurar alguém que leve comigo, preciso de fazer uma catarse pois nem em euforia estou.
Vou reabrir o consultório, tem havido muitos pedidos principalmente de pessoal em negação e de outros que não precisam de ajuda. Resolvi marcar uma reunião para rever as "audiências" e as possibilidades de quantos poderia ter em consulta, para reabrir. Voltei a placa que estava na porta, que dizia fechado e onde agora se pode ler, aberto. O Tobias foi o primeiro a entrar e até agora não veio mais ninguém e resolvi devido a sua impaciência e minha decepção começar. Primeiro alguém estabeleceu um preço a não pagar é simbólico, mas não vou cair naquele erro de, pode dar o que quiser e que aceitamos doações de fora. Bem disse o Tobias resolvi aparecer depois de muito pensar, pois ia a passar e como vi que dizia aberto vim ver o que tinhas para me oferecer. Digo-te já que, se é ajuda, não estou aqui para isso. Pois das últimas vezes as coisas correram mal ou muito mal, não correram como eu queria, tinha que ser a tua maneira deves ser o maior, eras tão famoso e vim ter contigo e depois não lucrei nada contigo, nem ladrar podia, e obrigas-te a estar em negação acreditando que sou um caniche toy, eu um brinquedo? loucura, nunca vi consultas tão absurdas, no meu tempo é que era os terapeutas eram firmes e tinham barba ou bigode, impunham respeito, não se ficavam, eram duros e pesados, diziam e pronto era assim e mais nada, não eram loucos como tu que nos tentavam ajudar. Mas Tobias porque estás a falar em nós, nós quem?. É assim que eu fiquei depois de andar aqui nas terapias, já me disseram que era dupla personalidade ou até falsidade, ter duas caras como o feijão, conforme me dá jeito. Fiquei com alterações de consciência e da realidade que até confundi uma cadela com uma gata, não tive hipótese e hoje estou humilhado e não mudado. Estou doente e foi por estar aqui. Freud explica isto pela remoção do sintoma que é transferido para o terapeuta numa linha muito bordeline onde há um grito mudo ou histérico de um: help me, help me but you can't. Na tua lucidez, todos acreditavam na tua loucura de querer fazer um rotwailler sentir-se como um cão pequeno, deve ser muito incomodativo para ti eu ser grande estar acima disso, dessa tua mania de que sabes. Bem, estás de volta ou apenas zangado e queres partilhar comigo a tua frustração de não mudares nada e tudo continuar igual, os erros iguais porque os comportamentos são iguais, condicionados. eu condicionado, reclama o Tobias isso é a maior ofensa que se pode fazer a um cão, foi assim que Pavlov mutilou consciências e inconscientes, moralizou e mediu a questão para se chamar ciência. Não sou uma das tuas experiências. Então tens andado por ai com toda essa frustração, porque achas que eu sou uma desilusão. sim, claro disse o Tobias muito mais calmo. Então por estares assim os outros vão se afastando de ti. Quais outros? então se entraste aqui sozinho é porque vens sozinho e ages sozinho, como se não houve mais nada nem ninguém no mundo responsável pela tua frustração e raiva. Pois é a culpa é dos outros não fazerem as coisas como eu quero, não me compreendem, são arrogantes. Boa Tobias estás a falar de ti. Não, não estou a falar de mim um Rotwailler não fala de si, impõe a sua vontade é forte e duro. então abordei se ele não estava a falar de novo nos terapeutas de outros tempos em que as coisas, ai sim, é que funcionavam. Personalidades que procuram cura para as suas necessidades, carências. É tudo uma questão de aprendizagem e se aprendemos assim é mais seguro e confortável fazermos o que já sabemos de que tentar de outra maneira. És o que aprendes e por isso a mais não és obrigado, muito redutor não achas. Bem seja como for é melhor voltar para a semana pois não tenho mais nada para falar e o tempo voa e eu não tenho tempo a perder tenho que ir à rua. E lá foi alçou da perna e urinou mesmo ali num pneu de um carro sem se importar de quem era. enfim é o Tobias no seu melhor, como se nada se tivesse passado, regressa a casa e vai-se deitar na sua cassota muito mais tranquilo. Ele precisava, precisava de desabafar de dizer mal do governo e da sua vida, do problema das suas escolhas e decisões, das coisas que perdeu e das que não ganhou. Neste espaço o tobias é ele, no resto do seu tempo, não sei.
sábado, 24 de março de 2012
Quando o altruísmo é um mecanismo para defender o remorso.
O COMBOIO NÃO ANDA SOZINHO PRECISA DE UMA MÁQUINA E DE UM MAQUINISTA.
Quando o altruísmo
é confundido com pena, ou activado pela culpa e remorso do que se pensou não
ser igual ao que aconteceu. Sou eu que mando, sou eu que penso e sou eu que
vejo ou penso de acordo com o meu juízo ou sem ele, com a minha consciência ou
falta desta ou melhor ainda com as crenças. Acredito eu, que algo é assim
porque no meu bom-senso comandado pelo meu SAR, Sistema de Aquisição Recticular,
no lobo frontal que me permite disparar uma associação conhecida, já vivida,
para associar a uma emoção e assim obter melhor decisão. Aqui uma lesão pode
lixar tudo no juízo ou uma falsa crença e ou uma memória mal seleccionada, até
comandada por uma forte sensação de “dejá vu”, tudo pode levar ao erro de
julgamento, de perspectiva. Se as Emoções ajudam na tomada de decisão, também
ajudam no discernimento de determinadas questões, intoxicadas pelas mentes mais
brilhantes, o julgador apenas erra porque acredita no seu erro e assim aponta a
falta ao outro, não sendo humilde, é no meu julgo apenas uma questão de medo ou
insegurança. O que vai tentar gerar um conflito é aquele que na sua indecisão
procura ter certezas. Ser crente é ter razão e só por isso deve ser levantada a
suspeita. A confiança advém da entrega e não do controle da situação, normalizado
num funcionamento de um sistema que até parece democrático porque é uma decisão
colectiva em nome de uma causa maior, não há maior erro que o Pensamento Grupal
que apesar de dar uma sentimento de pertença e valores e normas comuns, e até
uma ideia de bom funcionamento e de interligação de sectores, nada mais errado
e o erro está no controle da produção no controlo do outro pode-se lhe até chamar
auto-suficiente ou até arrogante, mas é bem simples, nada complexo, é nos
bastidores que se encontra o controlo e a normalização é uma forma de cortar a
criatividade e a produtividade, é uma forma de controlar os resultados e não
uma forma de atingir os objectivos. É o medo de que as personalidades se sobreponham
aos princípios. Quando efectivamente elas já estão a ser redutoras da evolução.
Evoluir é fazer diferente, é ser livre, ousado, arriscado, o que vai trazer
mudanças são as novas atitudes, por vezes mal julgadas com pobre interpretação.
Voltamos aos “velhos do Restelo” não são velhos em idade mas redutores e
controladores da mudança e do livrio arbitro. Os incompreendidos não são pobres
de espirito, são líderes natos, visionários. Temos que acreditar neles, confias?
O hábito faz o monge mas o monge não é feito de silêncio que não significa nos
dias de hoje sabedoria. Já estamos noutro século, noutra perspectiva a falta de
confiança é coisa de aprendiz.. De gente só, que acredita que descobriu ou ouviu
falar da melhor forma de resolver ou equacionar o problema. O problema não é o
que se faz nem porque se faz, mas aprender é perguntar como se faz, como fazes? Vê e aceita a mudança pois ela está a acontecer. A falsidade está quando
aparentemente se compreende mas se diz vê-lá se podes falar com ele. Diz: «o
roto ao nu porque é que não te vestes tu». Um só modelo, uma só forma e quem
não está de acordo é pretensioso, vaidoso ou até estranho. Não vês que sempre
foi assim, e que assim é que deve ser. Não podes sair da linha pois ela é o
limite que eu tenho, ok, então reza a oração da serenidade e aceita as coisas
que não podes modificar. Adapta-te e resolve, avança e arrisca, sê resiliente. Ultrapassa
os teus limites impostos pelo desconhecimento. A saída da Caverna de Platão
está tão perto e tu só vês as sombras e delas fazes a tua zona de conforto. não tentes medir os conceitos e predizer comportamentos numa sabedoria que apenas é factual e não essencial nem real, porque o real é aquilo que não queremos ver que é olharmos para nós. O
homem que não é ele fazendo igual aos outros não passa de mais um outro. As pessoas normais não têm nada de especial.
Vamos então
ao que interessa e ao que aconteceu nesta história. Espero pelo comboio e olho
para as horas, venho cansado e desejoso de chegar a casa, pensando em mim e
quanto tempo falta para o próximo, já que perdi este e venha outro. Este cansaço,
não me cansa pois estou motivado e com sentido de realização e com objectivos
bem definidos ou que até devo ser um homem cheio de sorte face a actual conjuntura
pessimista e castradora do sonho e do medo. «Pedimos a vossa compreensão pelos incómodos
causados». O próximo está atrasado mais meia-hora. Depois de um dia de greve os
comboios andam atrasados mais de meia-hora. Pedimos desculpa mas … Nós
compreendemos mas a greve como defesa dos direitos não será um acto egoísta que
criamos para fazer dos serviços públicos fontes de rendimento e de comodidade.
Fazer gerir valor. Industrializar e mecanizar o homem pelo bem comum e dar-lhe
lutas, tais Dom Quixote de La Mancha. Depois há os fura-greves, que não estão a
lutar pelos direitos dos outros mas dos seus. Quantas das pessoas que estiveram
na greve têm telemóvel, têm Tv cabo, Têm dois carros ou um bom e novo, quantos
dos que não foram trabalhar têm playstation e IPOD e tablets e mais um telemóvel e os
filhos com roupa de marca. Quantos têm trabalho e estão fartos do que fazem.
Enfim alguém devia estudar estes fenómenos, tal como é permitido atirar pedras
a policia mas não podem bater, alguém infiltrado não tenho dúvida e as coisas
da teorias da conspiração são verdadeiras psicoses maníacas, toxicas de
organismos perdidos nda sua razão de ser. Nós criamos esta ordem e progresso
porque não somos, nunca fomos, capazes de largar a ambição de querer mais e
melhor e uns aproveitam-se disso e outros menos um pouco e outros ainda
gostariam de estar no lugar deles. Não somos capazes de gerir o conflito sem
estar em conflito nem de partilhar sem olhar para o que não se tem. Somos os
criadores deste modelo, feitos algures numas quantas revoluções as quais
chamamos modernidade. Bem longe estamos da culpa de não sermos capazes de ser
Deuses nem de ser Homens. Não temos capacidade para estarmos com o outro sem a
mente ressentir ou julgar a diferença. Mesquinhices e fofocas que levam o homem
a responsabilizar os outros pelo que não se tem ou não se faz. Temos fome
porque temos medo de ficar com fome e armazenámos e criamos o mercado e a
economia. Como se viver fosse algo no qual depende a nossa sobrevivência, estamos
muito, mas muito longe do dia em que não há mais nem menos, nem menores nem
maiores, nem delinquência, nem progresso, não há leis, não há governo, não há
poder. Não sabemos viver a vida que temos, temos que ter prisões, leis, culpa,
remorso, enfim errar é humano e aceitamos tudo só porque é melhor. Continuamos nestes
cérebros reptilianos a fazer o que sempre soubemos destruir e nisto ainda a
vida perdida a procura de seres humanos que recém nobéis e prémios e
reconhecimento, bem feitores, como se não fosse o homem o causador de tudo. Então
na minha ingenuidade eu ressinto a CP, e as greves e os atrasos sem fazer
grande caso disso e só por isso já me acho diferente, mas julgo e penso e
afinal só feito de tão igual aos outros sem nada de especial, sem ser
diferente, porque aprendi e sou feito desta matéria orgânica que me dá vida e
fruto também deste inconsciente colectivo que eu gosto de me separar mas que
basta um momento e sou igual, sem tirar nem pôr. Entrei e sentei-me e li e
escrevi, vi as pessoas, uns eram me estranhos outros mais familiares, pelos diálogos
e maneirismos. Afinal íamos sair mais cedo e nestes pensamentos egoístas ia eu
numa calma aparente, pensando no dia e nas pessoas e nos outros e no que fiz e
no que não fiz, sem pressas, quando o revisor apareceu e lhe perguntei como se
fosse um grande ser humano preocupado pelo atraso mas como um senhor que lida
bem com isso. «então, boa-noite, qual é o motivo para este atraso?» Num tom
calmo e relaxado e de olhar sereno fiz a pergunta e o revisor baixou-se e disse
num tom baixo e de respeito; «Sabe, foi um senhor que se matou, atirou-se para
a linha». E seguiu, como se aquele momento fosse de solidariedade, de respeito
pela hora da morte mas um acto natural que deve ser encarrado como um facto
consumado. Caiu-me tudo, mas como e o quê, o meu remorso fez-me e ligou-me logo
a solidariedade e ao altruísmo, pensei no pobre coitado que o revisor em honra
chamou de senhor, eu nem o conhecia mas senti-me mal por não ter respeitado
algo maior, não foi culpa mas foi acidez no estomago pelo meu egoísmo de
pensamentos antes e reflexões tão absurdas face ao momento e pensei no
maquinista que não pode evitar a situação e respeitei-o, e fiquei sério como se
algo de sério tivesse acontecido mas ninguém deu por isso. É que hoje um homem
anonimo morreu e morreu só e em agonia. E o comboio atrasou-se meia-hora e em
lares há pessoas que hoje não vão dormir porque estão a sentir o desespero da
perda. Hoje a vida ganhou mais sentido pois senti a vida. E assim é fácil o altruísmo
passar a ser um mecanismo muito bem elaborado disfarçado de empatia e
solidariedade. Faz silêncio e o comboio volta a sua viagem de vai e volta
apanhando pelo caminho restos da humanidade que continua a lutar por algum dia
ser melhor. Amanhã serei o mesmo?
23 de Março de 2012.
*Álvaro dos Santos Carvalho
quinta-feira, 22 de março de 2012
O Rio já não está onde estava, todos os dias muda. Mas ultimamente têm mudado muito depressa.
Para onde foi tanta água?
O que é feito das musas do Tejo, que se encontra tão vazio
na sua alma, onde estão os poetas, dizem que ficou por outras terras, ou que vêm a
caminho. Mas está raso no seu leito, nem dorme de tanta sede, garganta de Tântalo,
sedento da água da vida. Dos olhos do poeta que dizem o que vêem ou o que os
olhos não sentem. Dorme o rio, descansa o tempo nas águas do passado. As suas
águas já não chegam ao cais, onde penélope espera. E desfiando o tempo, para
que ele não acabe antes do tempo, vais na esperança de que as águas voltam a
sua foz, para não voltaram de onde vieram mas que sigam o seu destino.
Deve
ter sido das obras que durante tanto tempo não me permitiram ver o cais ou
estar de volta ao cais de embarque, de partida, de novos rumos, de novos
desafios. Este cais hoje apenas serve para ver as vistas mas já foi inspiração
de almas que andam pelo mundo sem o serem, deste mundo.
Tiramos a água do rio? Para onde foi tanta água? Foi a nossa
sede que secou a fonte, a nossa ambição deixou-nos um futuro deserto. Como se
pode partir se a água já lá não chega e onde não há água não há vida. Como
alguém diz não há nada, não há dinheiro, não futuro, não há nada. Mas como tudo
deve fazer sentido nem que seja o sentido de se ter perdido tempo esperando que
a água volte ao cais, donde partiram as naus e caravelas e onde se escondem “os
velhos do restelo”.
Os carros passam por mim vazios não vejo ninguém lá dentro, nem
se apercebem que ali estou nem que o rio está muito vazio. Todos passam e não
olham, correm antes que alguém lá chegue, só que não está lá ninguém. O nada, é
tudo e isso dá uma sensação de vazio mas acredita-se que é paixão. Sonhasse que
amanhã será melhor e que talvez o Tejo se encha por ele, nunca o vi tão vazio e
não entendo o sentido que isso representa na minha vida mas dá-me uma angústia
que me atormenta, que é de não vermos que estamos a perder a vida e que vivemos
sem a viver, sem ser. Acredita-se e pronto.
Alguém se prepara para partir desse leito da vida, alguém
sabe e sente que chegou a sua hora e não está feliz porque sente o que perdeu e
já não vai a tempo, enfim deixa-me triste ver no cais a água que demora em
chegar. Vejo isso no teu olhar, vejo isso nas sombras que nos acompanham, sem
vaidade, sendo apenas sendo parte de um todo, da vida, da sua e da dos outros.
Hoje sei que foi uma despedida, hoje vi nos teus olhos que não querias sofrer,
que querias tempo para amar. Mas nós não temos tempo, vivemos o tempo.
Perguntaste-me como se aceita, não tenho resposta, pois há coisas que não se
aceitam porque apenas acontecem sem explicação, sem qualquer justiça ou verdade. Apenas acontece
e isso é, porque estamos vivos. Mesmo que não façam agora sentido acredito que só depois percebemos, só depois.
Respeito o rio e as suas margens porque é nelas que o rio se
estrutura, mesmo que rebente o dique é porque se prendeu o rio e era tempo, não
o que se quer mas o que se tem. Quando vejo o que o rio deixou para trás, vejo
o que ele foi e assim ele existiu para dar sentido a vida dos outros, este é um
rio que foi o que já não é, mas que não deixa de o ser, pois mesmo com pouca
água o rio está lá e nós demoramos é m pouco mais tempo até ele e aí se
descobrem ouras e novas margens por nós antes desconhecidas e com medo de se
perder o que se tem em vez de se valorizar o que se foi sendo.
Estas são ás águas da
vida, da nossa vida e do que vamos fazendo dela. Mas, por mais longe ou vazio
de água que o rio esteja, ele na realidade ainda lá está, só que mais longe e
enquanto aí estiver eu vou ao cais para ver partir e regressar a esperança que
só as águas de um rio sabem transportar. A vida na vida, sempre. Obrigado.
*Álvaro dos Santos Carvalho
22 de Março de 2012.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Escondido de Si para não se revelar ou o inconsciente domina a acção.
A verdade apenas esconde a mentira.
Há sempre uma
razão e para isso serve a justificação ou a ilusão de quem a conta, porque
conta a sua verdade.
É uma história já antiga mas que continua a fugir da verdade
porque há muito que se conta, vezes sem conta, até que se perde a conta.
A
verdade tem asas, a mentira tem perna curta. Uma voa com o tempo e a outra é
apanhada por ele mesmo, esse que faz a mentira se tornar verdade e a verdade
ser mentira é tudo uma questão de tempo. Quer do tempo que se conta quer do
tempo que se demora a contar. Porque quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto, que pode ser morto ou vivo, procura-se assim sem questionar o tempo da verdade e o tempo da mentira o que também aparece corelacionado com o tempo e a sua velocidade com que a mentira se
transforma em verdade e vice-versa ou aqui e além e hão-de me dizer quem.
Quem nunca mentiu ou não escondeu a verdade
numa mentira, Porque se mente? Para fugir da verdade. Então é assim que se
consegue mentir dizendo a verdade. Já não se pode mentir em paz e sossego pois
não vá a verdade chocar e apanhar desprevenido o maior descuido e quem vive na
verdade pode ser apanhado a mentir e não tem descanso. A verdade não descansa
porque pode passar a ser mentira o que foi dito e feito em nome dela.
Assim se
esquece quem sabe porque alguém sabe de outra verdade que não passa de uma
mentira para quem tem a outra versão dos factos e argumentos. Contra isso não
há quem possa. Os argumentos são fortes e apresenta-se a controvérsia que fala
da sua razão de discutir com Logos .
Faz-se fé no Homem e és o que acontece e
nem tudo é o que parece ser porque a dúvida surge sobre a verdade.
Daí rompe a
mentira numa sem vergonha, sem culpa, sem remorso e disfarçada de verdade e
esta é a verdadeira história do "capuchinho vermelho". Porque escondia a sua identidade?,
porque se esconde para não ser apanhado.
Onde se esconde? dentro dele, sim, esconde-se dele
próprio, nele próprio, foge de si mesmo sem o saber.
*Álvaro dos Santos Carvalho
21 de Março de 2012
terça-feira, 20 de março de 2012
domingo, 18 de março de 2012
sábado, 17 de março de 2012
segunda-feira, 12 de março de 2012
sábado, 3 de março de 2012
A BD de Marco, Heidi e outros personagens perigosos
Aprendemos com o que vimos e por imitação. Em criança mamã dizia Bilou, bilou, bilouzinho chateia e a filha da vizinha era minha namorada.
Onde está nesta foto representada a família? foi isto que aprendemos com a Heidi,
We are a happy familie and they give us today "Prozac".
Era um Porto Italiano... espera a sua mamã, a mamã teve que partir... Foi assim que uma geração inteira ficou perturbada pelo medo do abandono da mãe tal como no Bambi, ficamos aflitos e com medo do futuro por isso assim alguns nunca foram capazes de andar de bicicleta ou de tirar a carta, demoramos muito a adormecer. O próprio Prince-pezinho deu-nos a angústia da separação e continuamos a espera que a mamã regresse com um futuro melhor, por isso os jovens hoje estão revoltados porque a mamã os abandonou por uma vida melhor, enfim é preciso compreender a juventude de hoje pois ela é reflexo da violência castradora que em pequenos víamos na Tv. Vais te embora mamã, não me deixes aqui, adeus mamã. Reparem Adeus mamã e depois veio o José Cid dizer Adio, adieux, e em alemão, francês e outras línguas e isso fez explodir a Europa nesta confusão de não termos mãe e o Pai o D. Sebastião que ainda não voltou. enfim tudo tem sentido. Faz sentido.
Onde está nesta foto representada a família? foi isto que aprendemos com a Heidi,
We are a happy familie and they give us today "Prozac".
Era um Porto Italiano... espera a sua mamã, a mamã teve que partir... Foi assim que uma geração inteira ficou perturbada pelo medo do abandono da mãe tal como no Bambi, ficamos aflitos e com medo do futuro por isso assim alguns nunca foram capazes de andar de bicicleta ou de tirar a carta, demoramos muito a adormecer. O próprio Prince-pezinho deu-nos a angústia da separação e continuamos a espera que a mamã regresse com um futuro melhor, por isso os jovens hoje estão revoltados porque a mamã os abandonou por uma vida melhor, enfim é preciso compreender a juventude de hoje pois ela é reflexo da violência castradora que em pequenos víamos na Tv. Vais te embora mamã, não me deixes aqui, adeus mamã. Reparem Adeus mamã e depois veio o José Cid dizer Adio, adieux, e em alemão, francês e outras línguas e isso fez explodir a Europa nesta confusão de não termos mãe e o Pai o D. Sebastião que ainda não voltou. enfim tudo tem sentido. Faz sentido.
Nestas histórias infantis há sempre uma amputação para nos preparar para os medos ou apenas fizeram que os medos de não sermos ninguém, sem suporte, fosse fazendo que melhor nos pudéssemos conformar à normalização. A depressão aumenta pelo vazio existencial tal como na Era do Vazio"
que não sabe o que fazer perante as mudanças, sem resiliência e apenas com apetite sexuado pela abelha Maia.
Fala-se hoje da violência, da pulsão, da frustração, da impotência, mas tudo isso nos foi ensinado numa pureza e inocência onde somos capazes de dizer no meu tempo é que era.
Era? ou É?
sexta-feira, 2 de março de 2012
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