sábado, 3 de março de 2012

A BD de Marco, Heidi e outros personagens perigosos

Aprendemos com o que vimos e por imitação. Em criança mamã dizia Bilou, bilou, bilouzinho chateia e a filha da vizinha era minha namorada.
Onde está nesta foto representada a família? foi isto que aprendemos com a Heidi,
We are a happy familie and they give us today "Prozac".

Era um Porto Italiano... espera a sua mamã, a mamã teve que partir... Foi assim que uma geração inteira ficou perturbada pelo medo do abandono da mãe tal como no Bambi, ficamos aflitos e com medo do  futuro por isso assim alguns nunca foram capazes de andar de bicicleta ou de tirar a carta, demoramos muito a adormecer. O próprio Prince-pezinho deu-nos a angústia da separação e continuamos a espera que a mamã regresse com um futuro melhor, por isso os jovens hoje estão revoltados porque a mamã os abandonou por uma vida melhor, enfim é preciso compreender a juventude de hoje pois ela é reflexo da violência castradora que em pequenos víamos na Tv. Vais te embora mamã, não me deixes aqui, adeus mamã. Reparem Adeus mamã e depois veio o José Cid dizer Adio, adieux, e em alemão, francês e outras línguas e isso fez explodir a Europa nesta confusão de não termos mãe e o Pai o D. Sebastião que ainda não voltou. enfim tudo tem sentido. Faz sentido.
Nestas histórias infantis há sempre uma amputação para nos preparar para os medos ou apenas fizeram que os medos de não sermos ninguém, sem suporte, fosse fazendo que melhor nos pudéssemos conformar à normalização. A depressão aumenta pelo vazio existencial tal como na Era do Vazio"
Vejam o próprio Calimero: 
que não sabe o que fazer perante as mudanças, sem resiliência e apenas com apetite sexuado pela abelha Maia.


Fala-se hoje da violência, da pulsão, da frustração, da impotência, mas tudo isso nos foi ensinado numa pureza e inocência onde somos capazes de dizer no meu tempo é que era.
Era? ou É?

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