sábado, 21 de abril de 2012

A ALMA, escuta o som do silêncio. Sísifo está só.

Se há a perfeição sinto que é algo parecido a isto, melhor dizendo, a seguir a isto, não há mais nada, pois é tudo. Tudo esta representado nesta alegria até a sua tristeza. Minha alma escuta o som do universo feito como por magia que atravessa os tempos lentamente num flash que se quer parado e no desenrolar da acção que aquece meu corpo que o faz vibrar e desejar ser algo tão presente neste momento e aqui os gritos se levantam e chovem tambores de raiva, guerras que os Humanos travaram sem utilidade na vã gloria da procura da sua ambição.E o silêncio, angélico e que chega até ao futuro vindo de um passado onde uma gota de água representa a vida. Tudo se faz nos sentidos na alma que existe dentro de nós como que renascendo em cada momento para acreditar no sonho. Assim se faz da dor lágrimas e dos sorrisos conforto. Todo o sentido da existência está aqui perpetuado sem memorias sem esquecimento. Noutro lugar os homens caminham como missionários da vida numa intensa paixão desbravando almas, rasgando passados e inventando futuros. e nesta longa jornada em que eu como tantos vivemos sendo, apenas sendo, aquilo que há em nós. Levanta-te homem, não caías em ser como Sísifo na sua condição, levanta-te e caminha e não te esqueças de ti porque és parte dos outros. Cala-se o que não diz nada sendo capaz de se promover num canto de um cisne negro. Numa perdição e num encantamento todo o momento é por si só único levado pela pureza de uma pena que ao vento se torna viva. Escuta o que de melhor há em ti porque assim se descobre o caminho que o vento da vida percorre na sua sabedoria. Não estás mais sozinho a solidão é fruto da tua paixão pelo vazio pela perda da espiritualidade.*


O Mito:
Sísifo tornou-se conhecido por executar um trabalho rotineiro e cansativo. Tratava-se de um castigo para mostrar-lhe que os mortais não têm a liberdade dos deuses. Os mortais têm a liberdade de escolha, devendo, pois, concentrar-se nos afazeres da vida cotidiana, vivendo-a em sua plenitude, tornando-se criativos na repetição e na monotonia.

A condição absurda: grande parte da nossa vida é construída sobre a esperança do amanhã, do amanhã que nos aproxima da morte, e é o último inimigo; pessoas vivem como se elas não tivessem a certeza da morte; uma vez despojado do romancismo comum, o mundo é um estranho e desumano lugar; o verdadeiro conhecimento é impossível de ser explicado pela racionalidade da ciência em favor do mundo: "Desde que o momento absurdo é reconhecido, ele se torna a mais angustiante de todas as paixões."
Não é o mundo que é absurdo, nem o pensamento humano: o absurdo surge quando os humanos precisam entender a satisfação para irracionalidade do mundo, quando "o meu apetite para o absoluto e da unidade" complementa "a impossibilidade de reduzir o mundo a um princípio racional e razoável". Camus.


Muse-Exogenesis Symphony Full


http://youtu.be/YEH98_Ha2aA


*Álvaro dos Santos Carvalho, 2012.

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