sexta-feira, 20 de abril de 2012

Xeque-Mate: Deram um tiro no pé.


Alguém em agonia gritava na derrota estou vivo e vou-te odiar e fazer a tua vida negra. Enfim foi-lhe explicado, com muita calma e até com mudanças de estratégia, que ele estava era mal enterrado porque já tinha sido o funeral, e perdeu a vida que deu vida a tantas vidas porque não sabiam fazer as coisas durar e crescer, com comando a distância, as pedras eram obrigadas a ir para as casas por ele escolhidas, ele e a rainha negra, o homem ficou perdido e desorientado e no meio de campo de batalha e a dama em sua salvação fez com que o pobre coitado fosse atingido.
XEQUE-MATE, golpe fatal. Sem misericórdia. Sofrem os infelizes e os indignos e os de má Fé. Iludidos e em negação, perderam.
Isto tinha que acabar por acontecer mais tarde ou mais cedo, tinha que acontecer. O momento há muito que estava anunciado e se proclamava como sendo parte do jogo, jogaram e no tempo, aconteceu o que tinha que acontecer. Sem tempo ficaram agora os por lá ficaram e os que ganharam não perderam, mas perderam os que também queriam ganhar. Nunca há dois vencedores. Foi o golpe fatal. Um bom jogador consegue com antecedencia prever as jogadas pelo menos até três lances ou seja três anos.
Como quem não quer a coisa foram avançando no terreno e obrigaram o adversário a cometer erros, os erros que são cometidos pelas pessoas que se acham acima. Atiraram com os peões por todos os lados foram ficando sem pedras e XEQUE_MATE. Agora venderam o tabuleiro porque não sabem jogar.
Foi crime ou foi paixão? o local está bem assinalado. 
Mas porque não se vê ninguém a chorar ou será a viúva negra? 
Até já mudou de registo, mudaram as cores as peças mas perderam na mesma. Perdem sempre os que não têm razão, na sua loucura, insanidade e amadorismo. XEQUE-MATE, admite, perdes-te o que te restava de dignidade.

Algures no tempo entre 2009 e 2012.

*Álvaro dos Santos Carvalho

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