quarta-feira, 5 de março de 2014

Os Velhos do Restelo não foram ao Carnaval

Aquilo que noutras Eras foi a diversão da satisfação de adultos passou a ser um ritual para crianças. O que fizeram de nós?


Acabou a palhaçada? Sou a favor do Carnaval e da sua lascividade, não aceito muito bem é o que fazemos só porque se faz e sem saber porque o fazemos e também estranho aquilo que os tempos fizeram de nos, chamasse a isso mudança ou estar a frente do tempo, e a palavra foliões, será que quer mesmo dizer o que penso. Será que o fazemos como um desejo do inconsciente. 

Das festas populares, o Carnaval é uma das poucas manifestações folclóricas que ainda usamos para dar cor a vida. A história do Carnaval começa há muito tempo atrás, mais de 4 mil anos antes de Cristo, com festas promovidas no antigo Egito, como as festas de culto a Ísis. E estavam relacionadas a acontecimentos religiosos e rituais agrários, nas épocas de colheitas. 

Desde essa época as pessoas já pintavam os rostos, dançavam e bebiam. Há também indícios que o Carnaval tem origem em festas pagãs e rituais de orgia. na Roma antiga, porque nos dias de hoje já não se vê nada disso, este acontecimento estava relacionado a danças em homenagem ao Deus Pã e Baco, eram as chamadas Lupercais e Bacanais ou Dionísicas.
As festividades pagãs
Na Era Cristã, a Igreja começou a tentar conter os excessos do povo nestas festas pagãs. O período monesco foi uma solução. E no período que antecedia a Terça-feira Gorda, chamada assim porque era o último dia em que os cristãos comiam carne antes do jejum da quaresma, no qual também havia, tradicionalmente, a abstinência de sexo e até mesmo das diversões, como circo, teatro ou festas. 


Assim acabou a palhaçada e agora quero ver o que fazem no período monesco, espero que tenham enchido bem a barriga que eu cá vou continuar a ser o que era é a fazer o que me apetece. 
Lembrei-me que o Carnaval também serve para promover as acções da BT na estrada devido aos excessos dos foliões, como se nos outros dias os foliões não acordassem para a vida. Portanto nada de circo nem de sexo por estes dias. E não é só nos escuteiros que eu saiba que os adultos se vestem de meninos (fantasias) e os putos de adultos. Os miudos querem parecer adultos e os adultos meninos. Eu cá vou ser eu mesmo, vou vestir a minha mascara e abrir a loja. 
Declaro aberto as festividades do dia a dia com os olhos no céu não vá para aí cair algum míssil que passou pela Ucrânia a caminho da Crimeia. Sempre soubemos que o perigo vinha de cima, está coisa ancestral de olhar para o céu, cuidado que o céu te pode cair na cabeça ou lá em cima está o tiroliroliro e cá em baixo está o tiroliroló. Pronto dei um tiro na partida vamossssss que hoje é dia de decisões, boa?


Álvaro Carvalho, Março 2014

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