quinta-feira, 27 de março de 2014

uma realidade paralela

Com sessão iniciada e logo a abaixo a pergunta. Não és tu? Ha sempre uma pergunta. Nem que seja uma pergunta qualquer ou uma qualquer pergunta. Já que pergunta! Porque pergunta? 
Logo de manhã está aberração e tola questão, existencial que não é nada prática. Do ser quem sou. Já me fizeram muitas perguntas. Eu próprio já me perguntei a mim mesmo, que é bem diferente de questionar. A minha resposta mais comum é: - não sei! Vamos ver! Gosto mais de questionar. Porque eu próprio duvido da pergunta e do seu sentido porque a pergunta é manhosa e desprovida de inocência, é objectiva e quer uma resposta então já está na nossa intenção a chave da resposta. Questionar é duvidar, duvidar se isto é mesmo escrito por mim ou pela vontade do facebook. Enfim ainda bem que não estou só nem sozinho vou dar ar ao dia, um ar da sua graça e fazer companhia as coisas. 
Abri a loja e a primeira imagem que tive, foi de "Big Fish" e vi um anão, um gigante e uma princesa triste, uma realidade paralela porque hoje já ouvi dois galos, e vi o Tobias que olhou desconfiado para mim, meio envergonhado mas com culpa, tem a manta toda no chão, e acha que vou ralhar. Eu? Ralhar! Vou é pegar nele e na manta e ajeita-lo no sofá. Incrível como ele distingue o bem do mal. Mas alguém já lhe deve ter perguntado e questionado. Tobias o que vem a ser isto tudo espalhado no chão. 
Estou mesmo a ver a resposta! Não sei vamos ver! E fomos, lá vamos nós rua abaixo guiados pelo acaso, na primeira esquina encontramos alguém que nem soubemos quem era porque ia num tempo diferente do nosso. Ia a fugir da vida mas convencido que sabia pela maneira firme que pisava a terra. Fez-se um homem, percebemos que não era um desordeiro pela ordem. Mas aquela ordem que lhe dá ordens torna-o tão banal na dignidade que nem sabe porque não tem tempo para ver, parar, sentir, cheirar, olhar, continuamos a caminhar porque um dia com 11 anos resolvi começar a escrever e sentei-me a escrivaninha imaginando como poderia uma história não ter fim. Entre a ordem e o caos que em nada tem a ver com a desordem, há também o, parece mal ou bem. Nem todos somos assim. Bom dia, nasci.

Esta serenidade com que nasço todos os dias, da-me segurança de não esperar nada do dia. Estou sempre a reencontrar-me. Os mais "cegos" pensarão! É um Peter Pan. Outros mais lúcidos percebem a necessidade não tem nada a ver com crescimento mas com ambição e prazer de nada mesmo nada ser absolutamente igual em nada e ao nada. Não preciso de crescer, as vezes vejo a vida com olhos de puto. Outras nem por isso. 
Hoje vou deixar o acaso tomar conta de mim, é de loucos tanta insanidade mas é a vida, na maior idade sendo ela própria só pode ter sede de criatividade e de prazer. O prazer escondido de ser, é um brilho nos olhos, que guia minha vontade e onde partilho os meus desejos nas coisas do dia a dia. 
Hoje vou aprender a ouvir, a minha volta há um mundo que quer ser descoberto. 

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