sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Empurra com força, que a Terra não se mexe, pela tua vontade.

Será mesmo verdade? Que, entramos sem na realidade nunca se ter saído, absolutamente nunca, ou jamais, do mesmo sítio. Estamos a retroceder por impulsão, é como o batimento do coração que apenas imita o universo na sua pulsão e viagem. 

 
Mas estamos parados no espaço e no tempo, com a ideia fixa de realização. O que é uma terrível ilusão, pois na realidade o que pedimos há muito que nos foi negado, porque acreditamos que, e padecemos desta condição de crenças, rituais e simbologias onde para não naufragarmos nos agarramos para ter uma vida. 

A ilha tem uma paisagem maravilhosa mas não há lá ninguém. 
A lua é de longe e uma peninsula nunca está só, mas é terra de ninguém. Então o que sobra? 
Claro que é a esperança, sempre a esperança que está fechada na caixa e prendeu a humanidade aos desejos da espera que se abra quando na realidade somos nós que temos a chave, dessa caixa que alojou todos os males da humanidade e onde continuamos a ter por influência e por objectivo para o nosso comportamento, o regulador inconsciente, do medo do juízo final. 
Não vá o juízo acabar e a lucidez ser obra das neurociências e não das estrelas que nos orientam na noite da Humanidade.

Empurra com força, que a Terra não se mexe, pela tua vontade.


Álvaro Carvalho, 2014

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