quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Um dia simples

Primeiro objectivo do dia realizado com satisfação, filha na escola, e melhor ainda ia bem disposta, o que é agradável logo pela manhã este caminho que fazemos a pé na companhia um do outro. 
Agora vou abrir a loja, procurei pelo sol e até fiquei um pouco numa esquina a espera dele e nada. Bem, se o sol hoje não vem vou seguir viagem, deve estar em algum lugar onde faça mais falta. 
Aos poucos vou acordando e sentindo-me vivo. Hoje, já ouvi os pássaros, um galo e até vi uma cigana, e muito pessoal com cara de quem não lhes apetece nada estar aqui. 
Hoje tive saudades de tempos em que na mochila levava o pião que enrolava com arte para ir jogar ao escala e ver a professora de francês, lembrei me do Ivo, da Anita que namorávamos porque percorríamos juntos o caminho de casa para a escola e esperávamos um pelo outro para regressar casa juntos, ela ia para junto da mãe na padaria e eu para a loja dos meus pais, ajudar, havia sempre muito trabalho, e nesse caminho também havia a Célia, mais tarde a Cristina, o Mané. 
Do ciclo ao Liceu foi depressa demais. 
E lembrei a minha bicicleta, eh a minha bicicleta que defendi e lutei contra três porcos-sujos que a queriam roubar, a minha bicicleta que voava e me levava onde queria, os passeios com a João pelo jardim do Bonfim, onde era proibido andar de bicicleta mas para onde nós fugíamos porque também era proibido estarmos juntos, mas estávamos sempre que podíamos, sempre fiz coisas proibidas tal como ir tomar banho ao rio. E eu que inchava o peito e fazia a subida toda para o bairro sem as mãos no guiador e a descer era apenas espreitar a ver se não estava por ali o aguardente, polícia na sua mota potente, que andava sempre a minha procura porque eu não tinha matricula. 
Não me sinto nostálgico mas com um leve sorriso, que bom!

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