segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Rebentou a Bolha - O mundo vai fechar.

O Rapaz da Bolha, mora na mesma rua do Rapaz do Bogalho, são amigos, vivem é em dimensões diferentes, nunca se encontram mas comunicam entre si, e não estão separados. Representam tempos e vontades diferentes mas com os mesmos desejos de estarem e pertencer. A bolha, que a um protege, dos males do mundo e do seu "mal de vivre", na sua crença de que, o inferno são os outros, não é diferente do bogalho que um outro faz uso num romantismo incurável escrevendo em novelas de papel, diferentes das de faca e alguidar, mas que o faz saborear a vitoria e a conquista sobre os outros pela posse do objecto. As noticias são diarias. Eu sou conhecido na minha rua, tenho estatuto, quer seja o rapaz da bolha, quer seja o rapaz do bogalho, ambos são filhos da relatividade e do movimento perfeito da sincronia do tempo, onde tudo o que foi, não volta a ser, mesmo que muito se queira, clássico dos Xutos e dos pontapés que a vida lhes pregou como partida, mas que apenas tinha um sentido, serem ou parecerem ser cada vez mais maduros de ficarem inteiros, uno. A bolha e o bugalho reforçam a sua natureza de serem apenas filhos da rua e da vida onde a relatividade do Espaço e Tempo, e do Aqui e Agora, são onde o Aqui é a dimensão, o Espaço e o lugar;  E o Agora é a dimensão tempo, o momento. Estes rapazes que não são deste tempo têm a vida exposta em directo, desde o lugar do observador que é um espactador da vida do outro. Uma ida ao teatro fazia nos bem. Assim os olhos passam em revista milhões de vidas num BigBrother, ou Truman Show. Qualquer dia, esta rua tem cameras de visualizar para podermos observar e estudar os comportamentos e a normalidade fingida, porque ninguém é assim. As pessoas não falam umas com as outras como nos filmes, nem como nas novelas. Mas acreditamos que sim porque com tanta repetição consegue-se sem muito esforço condicionar, o que se julga ser Sujeito. Vivemos dentro de pessoas que não vivem as suas vidas. vivem igual à de outros, em vez de sermos actores. Já não há bogalhos por isso inventamos a palavra saudade e a bolha rebentou e revelou uma sociedade corrupta que vive na satisfação de se realizar pelo outro. 
Dentro do Mundo há muitos mundos.
Álvaro Carvalho, Fev. 2014.

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