Ou será tudo uma questão de sobrevivência?
Que mistério é este que me faz avançar no caminho. Que estrada é esta que mesmo que por muito caminhar e de tão e muito longe que se vá nunca se dá a volta ao mundo. E que nos prende a e em nós, numa ânsia de correr e percorrer mais e mais estradas já muito batidas e velhas como trapos que velhos indígenas usaram para tapar suas vergonhas.
Que mistério é este que me faz avançar no caminho. Que estrada é esta que mesmo que por muito caminhar e de tão e muito longe que se vá nunca se dá a volta ao mundo. E que nos prende a e em nós, numa ânsia de correr e percorrer mais e mais estradas já muito batidas e velhas como trapos que velhos indígenas usaram para tapar suas vergonhas.
De que pedras são feitas as casas e quem partiu os telhados que nem vidro tinham. Onde estão todos os que não chegaram. Que voz é esta que me faz dizer em sussurros e soluços baixos, de tão baixo que ecoam no tempo, onde escasseiam as memórias. Será isto saudade dos cheiros de outras horas, onde os minutos passavam sem correr e onde se ouvia a chuva lá fora. Que pensamento é o guia da verdade. Por onde vai esta estrada, que foi fechada ou vedada pelas sombras do imaginário.
Que poeta teve medo de cantar sua alma.
Que poeta teve medo de cantar sua alma.
De quem são as verdades e de que são feitas as mentiras. No vazio da consciência, reina uma paz, onde nem um canto de um trovador abafa o som dos tambores, tão antigos tão inanimados de repetição que não se calam. Que perfume é este corre pelo vale de onde os fantasmas se levantam e onde os supérfluos se refugiam em silêncios mórbidos de desencanto.
Que planeta é este onde eu habito sem conhecer o outro que se diz ser. Quem na verdade é quem. Quem foi que deu voz a razão e de Geocêntricos passou a chamar a tudo evolução e paradigma, sendo a falha uma pulsão mal intendida pela identidade do outro e a sociedade estruturada, enmuralhada, em Si mesmo numa axiologia pouco lógica de quem ainda quer sonhar com castelos, princesas, piratas, lendas e magia e com bancos pobres de dinheiro.
Não olhes para trás! E olham logo! é assim.
Nas tuas costas pensam por ti e vêm o que querem.
Por isso, miúdo, deixa passar esse senhor, tens que o respeitar.
Não acredites em tudo o que te dizem, principalmente se for sobre ti.
De manhã fui até a praia só para ver se eu lá estava e efectivamente reparei, nem foi preciso constatar que eu estava comigo. O que não estava lá, era a areia que deixei ontem. nem a maré era a mesma, então, como pode ser tudo tão igual, só se não soubermos fazer noticia ou inventar desculpas ridículas sobre a necessidade de se fazer conhecer. E contar histórias da invencibilidade da derrota, acho que acreditamos por piedade. O que fica é a palavra, quem disse não importa mas esquecemos-nos de perguntar porque o disse. Qual foi a necessidade que o satisfaz e que foram satisfeitas em tão mordaz simpatia de escolhas entre currículos mal afamados ou apagados dos ficheiros secretos. Uns são lembrados e escondidos da vida, em guerras e lutas pela liberdade ou pelo domínio e os esquecimentos foram apagando quem não queria se lembrar e nem ser lembrado.
Do Homem pouco sei, vi o passar parecia um Senhor todo aperaltado mas o que eu vi quando espreitei lá para dentro, pronto espiei, eu confesso, o que eu vi, foi ele a esconder os seus medos numa gaveta debaixo da mesa da sala e na cozinha teias de aranha embaladas em jornal, num canto uma TV apagada e uma pilha só de um comando que escorrega do sofá já velho e roçado pelo acamar do corpo. Não lhe vi o quarto nem o WC pois não temos intimidade para tanto, mas acredito e pensei que se a cama está feita foi de certeza feita a pressa, foi o que eu pensei.
Esse, que eu tenho todos os dias visto passar lá na praça central onde há um correto fechado, esse que vive nas memórias e saudades, esse não é plural mas singular de egocêntricos.
Quem é capaz de banir a insanidade publica. Quem escreveu para quem numa linguagem sem palavras.
Esse, que eu tenho todos os dias visto passar lá na praça central onde há um correto fechado, esse que vive nas memórias e saudades, esse não é plural mas singular de egocêntricos.
Quem é capaz de banir a insanidade publica. Quem escreveu para quem numa linguagem sem palavras.
O homem é uma criança que não saiu do seu egocentrismo. Então ele gritou ou grunhiu ninguém o percebeu, e então escreveu: - Querem ver que eu sou uma estatística de mim mesmo.
Urge! É Tempo de te questionares a Ti próprio. Sim, tu. |
Nota, breve: Egocentrismo é a falta de capacidade da criança de ver os pontos de vista de outras pessoas, não entendendo que as pessoas tem opiniões e crençs diferentes ...Por isso são crianças.
Álvaro Carvalho, Fev, 2014
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